22 de ago. de 2023

Quando Ninguém vê - Por Ismael Holanda














Autor: Ismael Herlane Gonçalves Holanda

Ano de Produção: 2023


Proposta: 

Os bastidores da vida, desejos, fetiches e ações censurados pelo machismo, escondidos entre quatro paredes. “Quando Ninguém Vê” traduz, em imagens, sentimentos oprimidos, que explodem em um duelo entre o eu real e as máscaras sociais. No momento em que o homem busca a sua reconstrução, as contradições de um meio, que insiste em privá-lo dos próprios sentimentos, ainda o mantém refém de uma couraça de proteção, tornando ainda mais forte a dor do “não poder”. Será que ainda é preciso gritar dentro do próprio casulo, onde o conforto da invisibilidade parece ser a única saída?

Técnica:

Com o intuito de estar o mais próximo possível do real, das vivências do cotidiano, o trabalho utilizou o formato “ retrato” (P&B), sem recorrer a técnicas mais específicas. Na pós-produção, foram feitos apenas alguns ajustes de iluminação e cor para que as imagens retratassem o dia a dia de forma mais natural.




 

10 de mai. de 2017

PARA VIAJAR SEM SAIR DO LUGAR – FILMES SOBRE O NORDESTE DO BRASIL



Olá pessoal. Saudades de nós? Porque a saudade que nós estamos sentindo de vocês é imensa. Retomamos as nossas atividades neste espaço que foi feito para dialogar e apresentar algo divertido para se fazer em casa com uma boa companhia ou sozinho mesmo. O importante aqui ir para outras galáxias sem sair de casa. Como sempre priorizamos a produção nacional e na maioria das vezes o que é produzido no nordeste brasileiro, vamos falar de cinema e vamos indicar 10 produções cinematográficas que foram feitas nesse celeiro cultural tão importante para a história do Brasil. Os filmes selecionados foram produzidos todos a partir do ano de 1995 e tem essa região do país como referência histórica e ou sociológica. Então vamos lá:

Abril Despedaçado (Melhor Filme Sobre Família – Melhor Filme Sobre Circo – Melhor Filme Sobre Disputa – Melhor Filme Sobre Busca Pela Liberdade – Melhor Filme Dos Melhores Filmes)

Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família. Tonho vive atualmente uma grande dúvida, pois ao mesmo tempo que é impelido por seu pai (José Dumont) para vingar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival, sabe que caso se vingue será perseguido e terá pouco tempo de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa então a questionar a lógica da violência e da tradição.

For All – O Trampolim Da Vitória (Melhor Filme Musical De Guerra)

A convivência de brasileiros com soldados americanos na base de Parnamirim Field, em Natal (RN), durante a II Guerra Mundial. Cerca de 15.000 soldados americanos passaram pela base e suas presenças alteraram a estabilidade das famílias locais trazendo não somente dólares e eletrodomésticos, mas também o glamour de uma cultura de Hollywood, a música das grandes bandas e a sensualidade de cantoras e atrizes famosas. Dentro desse contexto, a história se desenrola em torno de uma família de classe média, os Sandrini, que são abalados pelas novas circunstâncias: amores inesperados, reflexos de intrigas políticas, desafios aos preconceitos e testes para a coragem.




Baile Perfumado (Melhor Filme De Cangaço)

Amigo íntimo do Padre Cícero (Jofre Soares), o mascate libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) decide filmar Lampião (Luís Carlos Vasconcelos) e todo seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com o famoso cangaceiro e expõe sua idéia, mas os sonhos do mascate são prejudicados pela ditadura do Estado Novo.


Tatuagem (Melhor Filme De Transgressão)

Recife, 1978. Clécio Wanderley (Irandhir Santos) é o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, que realiza shows repletos de deboche e com cenas de nudez. A principal estrela da equipe é Paulete (Rodrigo Garcia), com quem Clécio mantém um relacionamento. Um dia, Paulete recebe a visita de seu cunhado, o jovem Fininha (Jesuíta Barbosa), que é militar. Encantado com o universo criado pelo Chão de Estrelas, ele logo é seduzido por Clécio. Não demora muito para que eles engatem um tórrido relacionamento, que o coloca em uma situação dúbia: ao mesmo tempo em que convive cada vez mais com os integrantes da trupe, ele precisa lidar com a repressão existente no meio militar em plena ditadura.


Lisbela E O Prisioneiro (Melhor Adaptação De Peça Teatral E Melhor Romance Policial)

Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e vive sonhando com os galãs de Hollywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador, que em meio a uma de suas muitas aventuras chega à cidade de Lisbela. Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos problemas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).



A Máquina (Melhor Filme Feito Em Estúdio)

Em Nordestina, cidadezinha perdida no sertão, "Karina da rua de baixo" (Mariana Ximenes) sonha em ser atriz e partir para o mundo. Antes que seu amor lhe escape, "Antônio de Dona Nazaré" (Gustavo Falcão) adianta-se numa cruzada kamikaze para trazer o mundo até Karina. Uma história em que os sonhos contradizem a realidade, as condições geográficas e políticas ameaçam conter a vida, e o amor desempenha o papel de elemento transformador.







Central do Brasil (Melhor Filme sobre o Interior)

Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda que a escrivã não envie todas as cartas que as escreve cartas que considera inúteis ou fantasiosas demais, ela decide ajudar um menino (Vinícius de Oliveira), após sua mãe ser atropelada, a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste

A Pessoa É Para O Que Nasce (Prêmio Melhor documentário)

Três irmãs cegas. Unidas por esta incomum peripécia do destino, Regina, Maria e Conceição viveram toda sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas nas cidades e feiras do Nordeste do Brasil. O filme acompanha os afazeres cotidianos destas mulheres e revela suas curiosas estratégias de sobrevivência, das quais participam parentes e vizinhos. Acompanha também, numa reviravolta inesperada, o efeito do cinema na vida destas mulheres, transformando-as em celebridades.


Bella Dona (Melhor Romance Adaptado)

No final da década de 30, Frank (Andrew McCarthy) chega ao vilarejo de Morro Branco, no exuberante litoral cearense, com sua jovem esposa, Donna (Natasha Henstridge), para trabalhar em um empreendimento petrolífero. Apesar das diferenças culturais, ela integra-se rapidamente à paisagem e aos hábitos da região. Logo conhece Nô (Eduardo Moscovis), um pescador jovem e atraente. Nô é filho de Mãe Ana (Florinda Bolkan), uma espécie de líder religiosa da comunidade tão temida quanto respeitada.






Febre do Rato (Prêmio de Melhor Filme Poético e Melhor Filme)

Zizo (Irandhir Santos) é um poeta inconformado e anarquista, que banca a publicação de seu tablóide. Em seu mundo próprio, onde o sexo é algo tão corriqueiro quanto fumar maconha, ele conhece Eneida (Nanda Costa). Zizo logo sente um forte desejo por Eneida, mas, apesar de seus constantes pedidos, ela se recusa a ter relações sexuais com ele. Isto transtorna a vida do poeta, que passa a sentir falta de algo que jamais teve.


Ps: As sinopses dos filmes citados têm como fonte: ADORO CINEMA


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Este conteúdo é um trabalho da Disciplina TÓPICOS ESPECIAIS DE MARKETING do curso de Marketing 2017.1 no centro universitário Unifacex com a Professora Aline Gehlen.


 Centro Universitário Unifacex




23 de nov. de 2016

Exposição da Coleção de Ked Mendes e Civone Medeiros Um doce encontro da sustentabilidade com o amor

Foto Lenilton Lima

Nesta semana, Natal conhecerá a mais nova criação da artesã Ked Mendes em parceria com Civone Medeiros. Enquanto uma propõe observar o planeta com o cuidado em sua preservação, a outra, já é uma veterana na pregação do amor. Essa parceria se dá como se fosse um causo da literatura de cordel. Faz-se lembrar de um “Encontro de Dom Quixote com o Profeta Gentileza”. Um sofisticado toque de loucura, somado a uma mensagem que não é em vão. Desta feita, surge uma coleção de ‘ecobags e outros adornos’. De modo geral, as sacolas ecológicas, tem a função de substituir os sacos plásticos, tão comuns e tão presentes na vida cotidiana da população, porém super descartáveis e de lenta e duradoura decomposição, o que tem provocado poluição de cursos d’água e de solos, além de provocar mortes de diversos animais. Em geral, as sacolas ecológicas são feitas de algodão e tem como características principais a durabilidade e a diversidade no uso.

O que Ked e Civone nos apresenta não são apenas mais uma proposta de ‘ecobag’ ou mais um produto a ser vendido com a alcunha de “sustentável”. Essa criação da artesã e a poeta não só reitera a inquietude inovadora e repleta de experimentalismos presentes nas duas artistas, mas aprofunda a necessidade de se (re)pensar o consumo atual, assim como o descarte desenfreado e irresponsável de materiais somado a esse conceito, a marca exuberante de falar de amor, como diria o cantor e compositor Moska: “Não falar do amor romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento, relações de dependência e submissão, paixões tristes. A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado”.

Este projeto partiu da iniciativa de Ked Mendes que há algum tempo vem se dedicando ao estudo da reutilização de banners que não servem mais e das embalagens de cimento que são comumente descartados nas obras da construção civil. A artesã desenvolveu uma técnica para dar uma outra utilidade para esta “matéria prima” que não tinha valor algum para outras pessoas. Foi aí que que ela foi a fundo na pesquisa de campo para higienizar este papel e dar outras possibilidades de utilização. Então, na ocasião será possível apreciar uma série de produtos confeccionados a partir do reaproveitamento dos sacos de cimento. E para conceituar ainda mais essa proposta, Civone Medeiros soma a iniciativa com seus poemas impressos em retalhostão comumente encontrados ornamentando os eventos e espaços culturais e lares de Natal e outros lugares, dão ainda mais vida para essa proposta.

Essa parceria vem com esse espírito perturbador prestes assim a ser transformado pela turbulência dessas duas mulheres, mães e sobreviventes do caos urbano que destrói o planeta e trancafia os seres na jaula da solidão. Com base nesses conceitos, que nesta sexta feira estará exposto para o público natalense a primeira leva dessa parceria que dialoga sustentabilidade com amor ao próximo (e a quem está longe também). O público está convidado a interagir nesse universo que dialoga com esse sentimento sagrado com o meio ambiente e suas consequências.

O Evento terá início às 16h e contará com a participação do DJ TNN, projeções do Fotógrafo Lenilton Lima, dança-performances com Roseane Oliveira & René Loui, Ambientação de David Costa e Wecsley Mariano e na ocasião terá intervenção livre dos presentes que desejarem fazer leituras de poemas e outras intervenções mais.  A programação é gratuita.

Serviço:
Café com Amor – Exposição de produtos de Ked Mendes e Civone Medeiros
Data: 25/11/16 (Sexta-Feira)
A Exposição fica em cartaz até 23 de Dezembro/2016, de Segunda a Sexta, das 9h às 18h.
Local: Nalva melo Café Salão
Horário: A partir das 16h.
Entrada Gratuita.

Mais Informações:
84 8703-6206
ateliercimbrasil@gmail.com
kedmendes@yahoo.com.br







3 de nov. de 2016

3 hábitos corriqueiros que destroem suas chances de ser um milionário



Se você sonha ser um milionário, não há uma maneira certa de alcançar essa meta. Mas há passos que você pode tomar para se colocar no caminho certo e obstáculos que podem atrapalhar. A colunista do site Business Insider Emmie Martin listou três hábitos que impedem que as pessoas sejam milionárias apontados pelo autor e blogueiro James Altucher.
1 – Você não exercita sua criatividade Se você não tem ideias, você está com o resto da população. E essas pessoas não vão fazer um milhão, aponta Altucher. O autor compara o processo de ter ideias com o de fazer musculação: se você falta na academia por duas semanas, vai ser difícil ficar em forma novamente. O mesmo acontece com ter ideias. “Más ideias são ruins. Você precisará de no mínimo cem a mil más ideias para uma boa”, ele diz. Procurar informação e conhecimento, sem dúvida, pode ajudar a ter boas ideias, até mesmo na hora de investir.
2 – Você passa seu tempo com pessoas tóxicas As pessoas que cercam sua vida afetam sua produtividade mais do que você pensa. Enquanto boas companhias inspirarão e ajudarão a tomar decisões sábias em relação a seu dinheiro e investimento, más companhias podem acabar atrapalhando muito seu plano de ser um milionário.
3 – Você culpa os outros por seus erros É difícil admitir o fracasso. E é ainda mais difícil seguir em frente quando as memórias ainda estão frescas. Mas culpar os outros pelos seus erros nunca é produtivo, aponta Altucher. Nunca culpe os outros, o melhor de tudo é aprender com seus erros e garantir que não cometerá de novo. Também não adianta culpar as circunstâncias, mas sim seguir em frente.

27 de abr. de 2016

MARMENTE Robinson Propaganda Enganosa

25 de abr. de 2016

Propaganda enganosa, vamos perturbar

10 de abr. de 2016

Auto Descrição


23 de fev. de 2016

Carta Aberta ao Brasl

Querido Brasil,
O Carnaval acabou. O “ano novo” finalmente vai começar e eu estou te deixando para voltar para o meu país.
Assim como vários outros gringos, eu também vim para cá pela primeira vez em busca de festas, lindas praias e garotas. O que eu não poderia imaginar é que eu passaria a maior parte dos 4 últimos anos dentro das suas fronteiras. Aprenderia muito sobre a sua cultura, sua língua, seus costumes e que, no final deste ano, eu me casaria com uma de suas garotas.
Não é segredo para ninguém que você está passando por alguns problemas. Existe uma crise política, econômica, problemas constantes em relação à segurança, uma enorme desigualdade social e agora, com uma possível epidemia do Zika vírus, uma crise ainda maior na saúde.
Durante esse tempo em que estive aqui, eu conheci muitos brasileiros que me perguntavam: “Por que? Por que o Brasil é tão ferrado? Por que os países na Europa e América do Norte são prósperos e seguros enquanto o Brasil continua nesses altos e baixos entre crises década sim, década não?”
No passado, eu tinha muitas teorias sobre o sistema de governo, sobre o colonialismo, políticas econômicas, etc. Mas recentemente eu cheguei a uma conclusão. Muita gente provavelmente vai achar essa minha conclusão meio ofensiva, mas depois de trocar várias ideias com alguns dos meus amigos, eles me encorajaram a dividir o que eu acho com todos os outros brasileiros.
Então aí vai: é você.
Você é o problema.
Sim, você mesmo que está lendo esse texto. Você é parte do problema. Eu tenho certeza de não é proposital, mas você não só é parte, como está perpetuando o problema todos os dias.
Não é só culpa da Dilma ou do PT. Não é só culpa dos bancos, da iniciativa privada, do escândalo da Petrobras, do aumento do dólar ou da desvalorização do Real.
O problema é a cultura. São as crenças e a mentalidade que fazem parte da fundação do país e são responsáveis pela forma com que os brasileiros escolhem viver as suas vidas e construir uma sociedade.
O problema é tudo aquilo que você e todo mundo a sua volta decidiu aceitar como parte de “ser brasileiro” mesmo que isso não esteja certo.
Quer um exemplo?
Imagine que você está de carona no carro de um amigo tarde da noite. Vocês passam por uma rua escura e totalmente vazia. O papo está bom e ele não está prestando muita atenção quando, de repente, ele arranca o retrovisor de um carro super caro. Antes que alguém veja, ele acelera e vai embora.
No dia seguinte, você ouve um colega de trabalho que você mal conhece dizendo que deixou o carro estacionado na rua na noite anterior e ele amanheceu sem o retrovisor. Pela descrição, você descobre que é o mesmo carro que seu brother bateu “sem querer”. O que você faz?
A) Fica quieto e finge que não sabe de nada para proteger seu amigo? Ou
B) Diz para o cara que sente muito e força o seu amigo a assumir a responsabilidade pelo erro?
Eu acredito que a maioria dos brasileiros escolheria a alternativa A. Eu também acredito que a maioria dos gringos escolheria a alternativa B.
Nos países mais desenvolvidos o senso de justiça e responsabilidade é mais importante do que qualquer indivíduo. Há uma consciência social onde o todo é mais importante do que o bem-estar de um só. E por ser um dos principais pilares de uma sociedade que funciona, ignorar isso é uma forma de egoísmo.
Eu percebo que vocês brasileiros são solidários, se sacrificam e fazem de tudo por suas famílias e amigos mais próximos e, por isso, não se consideram egoístas.
Mas, infelizmente, eu também acredito que grande parte dos brasileiros seja extremamente egoísta, já que priorizar a família e os amigos mais próximos em detrimento de outros membros da sociedade é uma forma de egoísmo.
Sabe todos aqueles políticos, empresários, policiais e sindicalistas corruptos? Você já parou para pensar por que eles são corruptos? Eu garanto que quase todos eles justificam suas mentiras e falcatruas dizendo: “Eu faço isso pela minha família”. Eles querem dar uma vida melhor para seus parentes, querem que seus filhos estudem em escolas melhores e querem viver com mais segurança.
É curioso ver que quando um brasileiro prejudica outro cidadão para beneficiar sua famílias, ele se acha altruísta. Ele não percebe que altruísmo é abrir mão dos próprios interesses para beneficiar um estranho se for para o bem da sociedade como um todo.
Além disso, seu povo também é muito vaidoso, Brasil. Eu fiquei surpreso quando descobri que dizer que alguém é vaidoso por aqui não é considerado um insulto como é nos Estados Unidos. Esta é uma outra característica particular da sua cultura.
Algumas semanas atrás, eu e minha noiva viajamos para um famoso vilarejo no nordeste. Chegando lá, as praias não eram bonitas como imaginávamos e ainda estavam sujas. Um dos pontos turísticos mais famosos era uma pedra que de perto não tinha nada demais. Foi decepcionante.
Quando contamos para as pessoas sobre a nossa percepção, algumas delas imediatamente disseram: “Ah, pelo menos você pode ver e tirar algumas fotos nos pontos turísticos, né?”
Parece uma frase inocente, mas ela ilustra bem essa questão da vaidade: as pessoas por aqui estão muito mais preocupadas com as aparências do que com quem eles realmente são.
É claro que aqui não é o único lugar no mundo onde isso acontece, mas é muito mais comum do que em qualquer outro país onde eu já estive.
Isso explica porque os brasileiros ricos não se importam em pagar três vezes mais por uma roupa de grife ou uma jóia do que deveriam, ou contratam empregadas e babás para fazerem um trabalho que poderia ser feito por eles. É uma forma de se sentirem especiais e parecerem mais ricos. Também é por isso que brasileiros pagam tudo parcelado. Porque eles querem sentir e mostrar que eles podem ter aquela super TV mesmo quando, na realidade, eles não tenham dinheiro para pagar. No fim das contas, esse é o motivo pelo qual um brasileiro que nasceu pobre e sem oportunidades está disposto a matar por causa de uma motocicleta ou sequestrar alguém por algumas centenas de Reais. Eles também querem parecer bem sucedidos, mesmo que não contribuam com a sociedade para merecer isso.
Muitos gringos acham os brasileiros preguiçosos. Eu não concordo. Pelo contrário, os brasileiros tem mais energia do que muita gente em outros lugares do mundo (vide: Carnaval).
O problema é que muitos focam grande parte da sua energia em vaidade em vez de produtividade. A sensação que se tem é que é mais importante parecer popular ou glamouroso do que fazer algo relevante que traga isso como consequência. É mais importante parecer bem sucedido do que ser bem sucedido de fato.
Vaidade não traz felicidade. Vaidade é uma versão “photoshopada” da felicidade. Parece legal vista de fora, mas não é real e definitivamente não dura muito.
Se você precisa pagar por algo muito mais caro do que deveria custar para se sentir especial, então você não é especial. Se você precisa da aprovação de outras pessoas para se sentir importante, então você não é importante. Se você precisa mentir, puxar o tapete ou trair alguém para se sentir bem sucedido, então você não é bem sucedido. Pode acreditar, os atalhos não funcionam aqui.
E sabe o que é pior? Essa vaidade faz com que seu povo evite bater de frente com os outros. Todo mundo quer ser legal com todo mundo e acaba ou ferrando o outro pelas costas, ou indiretamente só para não gerar confronto.
Por aqui, se alguém está 1h atrasado, todo mundo fica esperando essa pessoa chegar para sair. Se alguém decide ir embora e não esperar, é visto como cuzão. Se alguém na família é irresponsável e fica cheio de dívidas, é meio que esperado que outros membros da família com mais dinheiro ajudem a pessoa a se recuperar. Se alguém num grupo de amigos não quer fazer uma coisa específica, é esperado que todo mundo mude os planos para não deixar esse amigo chateado. Se em uma viagem em grupo alguém decide fazer algo sozinho, este é considerado egoísta.
É sempre mais fácil não confrontar e ser boa praça. Só que onde não existe confronto, não existe progresso.
Como um gringo que geralmente não liga a mínima sobre o que as pessoas pensam de mim, eu acho muito difícil não enxergar tudo isso como uma forma de desrespeito e auto-sabotagem. Em diversas circunstâncias eu acabo assistindo os brasileiros recompensarem as “vítimas” e punirem àqueles que são independentes e bem resolvidos.
Por um lado, quando você recompensa uma pessoa que falhou ou está fazendo algo errado, você está dando a ela um incentivo para nunca precisar melhorar. Na verdade, você faz com que ela fique sempre contando com a boa vontade de alguém em vez de ensina-la a ser responsável.
Por outro lado, quando você pune alguém por ser bem resolvido, você desencoraja pessoas talentosas que poderiam criar o progresso e a inovação que esse país tanto precisa. Você impede que o país saia dessa merda que está e cria ainda mais espaço para líderes medíocres e manipuladores se prolongarem no poder.
E assim, você cria uma sociedade que acredita que o único jeito de se dar bem é traindo, mentindo, sendo corrupto, ou nos piores casos, tirando a vida do outro.
As vezes, a melhor coisa que você pode fazer por um amigo que está sempre atrasado é ir embora sem ele. Isso vai fazer com que ele aprenda a gerenciar o próprio tempo e respeitar o tempo dos outros.
Outras vezes, a melhor coisa que você pode fazer com alguém que gastou mais do que devia e se enfiou em dívidas é deixar que ele fique desesperado por um tempo. Esse é o único jeito que fará com que ele aprenda a ser mais responsável com dinheiro no futuro.
Eu não quero parecer o gringo que sabe tudo, até porque eu não sei. E deus bem sabe o quanto o meu país também está na merda (eu já escrevi aqui sobre o que eu acho dos EUA).
Só que em breve, Brasil, você será parte da minha vida para sempre. Você será parte da minha família. Você será meu amigo. Você será metade do meu filho quando eu tiver um.
E é por isso que eu sinto que preciso dividir isso com você de forma aberta, honesta, com o amor que só um amigo pode falar francamente com outro, mesmo quando sabemos que o que temos a dizer vai doer.
E também porque eu tenho uma má notícia: não vai melhorar tão cedo.
Talvez você já saiba disso, mas se não sabe, eu vou ser aquele que vai te dizer: as coisas não vão melhorar nessa década.
O seu governo não vai conseguir pagar todas as dívidas que ele fez a não ser que mude toda a sua constituição. Os grandes negócios do país pegaram dinheiro demais emprestado quando o dólar estava baixo, lá em 2008-2010 e agora não vão conseguir pagar já que as dívidas dobraram de tamanho. Muitos vão falir por causa disso nos próximos anos e isso vai piorar a crise.
O preço das commodities estão extremamente baixos e não apresentam nenhum sinal de aumento num futuro próximo, isso significa menos dinheiro entrando no país. Sua população não é do tipo que poupa e sim, que se endivida. As taxas de desemprego estão aumentando, assim como os impostos que estrangulam a produtividade da classe trabalhadora.
Você está ferrado. Você pode tirar a Dilma de lá, ou todo o PT. Pode (e deveria) refazer a constituição, mas não vai adiantar. Os erros já foram cometidos anos atrás e agora você vai ter que viver com isso por um tempo.
Se prepare para, no mínimo, 5-10 anos de oportunidades perdidas. Se você é um jovem brasileiro, muito do que você cresceu esperando que fosse conquistar, não vai mais estar disponível. Se você é um adulto nos seus 30 ou 40, os melhores anos da economia já fazem parte do seu passado. Se você tem mais de 50, bem, você já viu esse filme antes, não viu?
É a mesma velha história, só muda a década. A democracia não resolveu o problema. Uma moeda forte não resolveu o problema. Tirar milhares de pessoa da pobreza não resolveu o problema. O problema persiste. E persiste porque ele está na mentalidade das pessoas.
O “jeitinho brasileiro” precisa morrer. Essa vaidade, essa mania de dizer que o Brasil sempre foi assim e não tem mais jeito também precisa morrer. E a única forma de acabar com tudo isso é se cada brasileiro decidir matar isso dentro de si mesmo.
Ao contrario de outras revoluções externas que fazem parte da sua história, essa revolução precisa ser interna. Ela precisa ser resultado de uma vontade que invade o seu coração e sua alma.
Você precisa escolher ver as coisas de um jeito novo. Você precisa definir novos padrões e expectativas para você e para os outros. Você precisa exigir que seu tempo seja respeitado. Você deve esperar das pessoas que te cercam que elas sejam responsabilizadas pelas suas ações. Você precisa priorizar uma sociedade forte e segura acima de todo e qualquer interesse pessoal ou da sua família e amigos. Você precisa deixar que cada um lide com os seus próprios problemas, assim como você não deve esperar que ninguém seja obrigado a lidar com os seus.
Essas são escolhas que precisam ser feitas diariamente. Até que essa revolução interna aconteça, eu temo que seu destino seja repetir os mesmos erros por muitas outras gerações que estão por vir.
Você tem uma alegria que é rara e especial, Brasil. Foi isso que me atraiu em você muitos anos atrás e que me faz sempre voltar. Eu só espero que um dia essa alegria tenha a sociedade que merece.
Seu amigo,
Mark
Traduzido por Fernanda Neute


20 de jan. de 2016

Estou me preparando pra quando o carnaval Chegar...



SERVINDO ALEGRIA, FAZENDO A FOLIA.
PRÉVIA DO CARNASINSP ACONTECE NESTE SÁBADO,23/02, REUNINDO  SERVIDORES PÚBLICO EM DESFILE PELAS RUAS DO CENTRO HISTÓRICO.

A segunda edição do CarnaSinsp, prévia carnavalesca dos servidores da administração direta do Estado, acontecerá no próximo sábado, dia 23, no Espaço Cultural Ruy Pereira, localizado ao lado do IFRN, no Centro de Natal.

Na programação show de abertura com Dodora Cardoso,  desfile do bloco pelas principais ruas e becos do Centro-Histórico com a elogiada Orquestra de Frevo do Acupe e show de encerramento com o festejado cantor de frevo Leão Neto acompanhado da Banda Mestre Avelino.

O CarnaSinsp 2016, que terá concentração a partir das 14h, no bar do Zé Reeira,  abre as festividades carnavalescas do circuito Multicultural de Natal, no centro da cidade.

As camisas do Bloco do SINSP estão disponíveis gratuitamente para os filiados do SINSP, em horário comercial, na sede do Sindicato. Basta apresentar um documento com foto.

Segundo a presidenta do SINSP, Janeayre Souto, “a festa é inclusiva, pois todas as pessoas terão direito a participar do bloco, com ou sem a camiseta, ou seja, o acesso a todos os foliões será livre. O mais importante é ter a categoria reunida em  momento de união, alegria e confraternização”.

O CarnaSinsp tem como estandarte a luta pela  implantação do Vale-Cultura pelo Governo do Estado.

‘’Aproveitamos o momento para reforçar a importância de conquistar este benefício que permitirá aos servidores o maior acesso a espetáculos, shows, cinema, exposições, livros, música, instrumentos musicais e muito mais.’’ Destaca a presidenta do SINSP, que idealizou a prévia como forma de agregar a família e os amigos dos servidores numa tarde festiva. ‘’É também um presente para todos que gostam de frequentar o centro-histórico e seus espaços’’.

Valorizando o carnaval tradicional e os artistas potiguares

O bloco do SINSP terá em seu desfile jovens passistas  integrantes da Escola Balanço do Morro, interagindo com os foliões trazendo samba e passos de frevos durante o percurso. Personagens em pernas de pau lembrarão os ‘’cão’’ da Redinha, e uma passista caricata fazendo reverência ao Bloco das Kengas.
A orquestra ‘’Frevo do Acupe’’ é regida pelo maestro Fernando do Reis e virá com 25 experientes músicos da cidade que conduzirão o Bloco do Sinsp unindo sincronismo coreográfico, criatividade e amor ao frevo. Com um repertório tradicional de frevo de rua, intercalando com sambas de blocos, marchinhas carnavalescas, sucessos populares e valorização de nossa cultura e de compositores potiguares como: Dozinho, João Mendonça, Mário Lúcio, Pedrinho mendes entre outros.

Show de Abertura: Dodora Cardoso
Natalense por nascimento, mas caicoense de coração, a cantora Maria Auxiliadora Cardoso da Cunha, conhecida popularmente como Dodora Cardoso, acumula uma grande bagagem musical. São quase 40 anos de carreira, vários CDs gravados e participações nos principais projetos musicais do Rio Grande do Norte.
Aos 57 anos de idade, Dodora Cardoso, que iniciou sua carreira profissional no projeto “A Mais Bela Voz”, no município de Parelhas, em 12 de dezembro de 1977, sempre afirma que aposentadoria não está em seus planos. “Eu tenho sede de cantar”, destaca.
Intérprete de compositores potiguares como Severino Ramos, Elino Julião e Jubileu Filho, Dodora Cardoso afirma que seus maiores ídolos atualmente são os cantores da região. “Procuro divulgar e defender os nossos poetas, compositores”, enfatiza.
Mantendo-se como artista independente desde o início de sua carreira, Dodora é uma artista de repertório eclético e ao longo de sua trajetória se popularizou entre sambistas, forrozeiros e amantes do carnaval tradicional. Mas se brincar ela vem de funk carioca ‘’Eu sou a diva que muitas querem copiar’’ Diverte-se preparando para mais um carnaval.’’
Show de Encerramento: Leão Neto

O cantor e compositor Leão Neto nasceu em Macau, em 1961. Participou de diversos festivais e ganhou vários prêmios. Em 1991 lançou o LP na Flor da Água e em 1995, o CD Trate-me. Leão Neto é um dos primeiros a fazer a nova MPB em Macau, juntamente com Manassés Campos, Laércio Negão, Tião Maia, Chico Mago e Getúlio Moura. No carnaval de 2002, Leão Neto montou um show de quatro dias na praça da Conceição, intitulado “Vai pipocar o Frevo”. Foi um sucesso. Ali foi lançada a proposta de resgate do frevo dos carnavais de Macau. Em 2003, o sucesso foi maior, acompanhado pela banda Mestre Avelino, a mais afinada do carnaval, com os músicos Zé da Guitarra, Geraldo Marcelino, Alberto Martins, Chico Mago e Sal. Em 2004 e 2005, a festa e o sucesso se repetiu, se consolidando no carnaval macauense.

SERVIÇO:

CARNASINP 2016
14h Concentração
15h Show com Dodora Cardoso e Banda
17h Desfile do Bloco do SINSP acompanhado da Orquestra ‘’Frevo do Acupe’’pelas ruas do centro histórico. Saída do Bar do Zé Reeira pela rua Princesa Isabel.

20h Show de encerramento com Leão Neto e banda Mestre Avelino. Palco Zé Reeira.

18 de jan. de 2016

Eu Sei o Ked fez no carnaval passado

6 de jan. de 2016

Maresia - Zeca Baleiro

27 de dez. de 2015

Vamos Cometer loucuras?????


 Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público. Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio. Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja sério; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança. Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra. Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.
— Fabrício Carpinejar.