28 de out. de 2010

Péri (Morda Minha Língua)

Como diria a filósofa Hebe Camargo: Gracinha!!!

HALLOWEEN NO BECO DA LAMA

Aproveitando a programação de festas relacionadas ao Halloween que acontecem sempre no final de outubro o Beco do Reggae desta semana vai promover nesta sexta uma noite especial será o ``HALLOWEEN DO BECO DA LAMA ´´ com direito decoração e  o show `` TheSkaReggae ´´ da Orquestra Boca Seca.
O Beco da Lama tem umas figuras engraçadas e até estranhas. Algumas certamente já inspiraram contos e histórias de escritores e poetas afinal os que por lá circulam são verdadeiros personagens do cotidiano da cidade.
Quem entrar no clima da festa e for fantasiado vai ganhar Meladinha, famosa mistura de cachaça, mel e limão, oferecida pelo bar mais conhecido do Beco da Lama o `` Bar da Meladinha ´´. O Halloween do Beco começa mais cedo que os demais ás 20H e servirá de ponto de encontro e de aquecimento para a noite de sexta na cidade.

Serviço:
HALLOWEEN DO BECO DA LAMA
COM SHOW DA ORQUESTRA BOCA SECA
SEXTA 29 ÁS 20h
BECO DA LAMA – CIDADE ALTA
ENTRADA FREE
INFORMAÇÕES 9175-9870

FIM DE TARDE - TAM

Nesta quinta feira as  17h30 tem inicio o projeto “Fim de Tarde”, que acontecerá no Salão Nobre do Teatro Alberto .  Fim de Tarde é um projeto destinado a abrir mais um espaço para apresentação de trabalhos dos artistas da cidade, assim como para acontecimentos que visem uma maior integração  da comunidade artística do Estado.
Iniciando a projeto o ator e diretor João Junior apresenta o espetáculo “Portar(ia) silencio” – uma experiência dramatúrgica. Este espetáculo é resultado do Projeto Inventário desenvolvido por João Junior  a partir de sua dramaturgia pessoal: a investigação dos movimentos migratórios do nordeste para os grandes centros urbanos do sudeste do país.

SERVIÇO:
 Onde: Salão Nobre do Teatro Alberto Maranhão
 Quando: 28, 29 e 30 de outubro
                03 a 06 de novembro
Horário: 17h30
Ingressos Gratuitos retirados 1 hora antes do espetáculo na Bilheteria do Teatro

27 de out. de 2010

26 de out. de 2010

Dilma é o Direito Pela Diversiade

Proverbio Chinês!!!

Sem mais palavras

Tudo o que você sempre quiz saber sobre bêbados


1. O feliz – Você começa a beber, aquilo desce gostoso e você fica feliz conversando com os amigos.

2. Sábio – Mais alguns goles e você é o cara mais inteligente do bar. Entende de qualquer assunto.

3. Garanhão – Você fala que já saiu com todas as garotas do bairro e se acha o mais lindo do pedaço.

4. Barangueiro – Todas as mulheres são lindas e chamativas aos seus olhos.

5. Mike Tyson – É quando você se acha o cara mais forte do mundo e briga com todos que encontrar.

6. O Rico – Você se sente um milionário e paga cerveja pra todo mundo, afinal, todos são seus melhores amigos.

7. Xarope-invisível – Você faz um monte de burradas e acha que ninguém está vendo. Derruba o copo, quebra a garrafa, faz xixi na lixeira do banheiro, só conta piada chata, etc.

8. Chorão – Você chora por tudo, por sua mulher que te deixou, o cheque que voltou, o emprego que não deu, o seu time que perdeu…

9. O sem noção – Volta pra casa, vomita a sala toda, derruba as coisas e liga pra ex-namorada às quatro horas da manhã.

10.O Sem Memória – Após dormir 12 horas você acorda na sarjeta com cachorro lambendo seu rosto e não se lembra do que fez na noite anterior.



Pessoas inteligentes bebem mais


Bebeu demais? Nada de se sentir um lixo: pode considerar a ressaca do dia seguinte um reflexo da sua superinteligência. Soa politicamente incorreto, a gente sabe, mas é o que indicam informações de dois estudos, um feito no Reino Unido (o National Child Development Study) e outro nos EUA (o National Longitudinal Study of Adolescent Health).
Em ambos, pesquisadores mediram a inteligência de crianças e adolescentes de até 16 anos e as categorizaram em uma de cinco classes cognitivas: “muito burro”, “burro”, “normal”, “esperto” ou “muito esperto” (de novo, politicamente incorreto, mas tudo pelo bem da ciência, né?). Os hábitos das crianças americanas foram registrados por sete anos depois disso; já as inglesas foram acompanhadas por mais tempo, até os 40 anos.
Os pesquisadores mediram os hábitos alcoólicos de cada uma conforme elas iam envelhecendo. E eis que as crianças avaliadas como mais inteligentes em ambos os estudos, quando cresceram, bebiam com mais frequência e em maiores quantidades do que as menos inteligentes. No caso dos ingleses, os “muito espertos” se tornaram adultos que consumiam quase oito décimos a mais de álcool do que os colegas “muito burros”. E isso mesmo levando em consideração variáveis que poderiam afetar os níveis de bebedeira, como estado civil, formação acadêmica, renda, classe social etc. Ainda assim, o resultado foi o mesmo: crianças inteligentes bebiam mais quando adultos. E por que, hein?
Há hipóteses (uma, que a gente viu lá no Psychology Today, diz que essa relação entre álcool e inteligência seria um traço evolutivo que começou há cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o álcool bebível; até então, o único jeito de ficar alcoolizado era a partir de frutas apodrecidas – coisa séria), mas os pesquisadores ainda não sabem ao certo. Eles alertam, no entanto, que apesar de a tendência a “beber mais” estar de alguma forma ligada à esperteza de cada um, encher a cara não deixa ninguém “mais inteligente”. Ouviu?




A LENDA DO BÊBADO INTELIGENTE

Não sei se é lenda ou piada mesmo, mas lá vai:
(enviada por Kabo Higa)

"Dizem que aconteceu em Minas Gerais, em Ubá, cidade onde nasceu o genial Compositor Ary Barroso.

Na cidade havia um senhor cujo apelido era Cabeçudo. Nascera com uma cabeça grande, dessas cuja boina dá pra botar dentro, fácil, fácil, uma dúzia de Laranjas. Mas fora isso, era um cara pacato, bonachão e paciente.Não gostava, é claro, de ser chamado de Cabeçudo, mas desde os tempos do grupo escolar, tinha um chato que não perdoava. Onde quer que o encontrasse, lhe dava um tapa na cabeça e perguntava:

- 'Tudo bom, Cabeçudo'?

O Cabeçudo, já com seus quarenta e poucos anos, e o cara sempre zombando dele. Um dia, depois do milésimo tapão na sua cabeça, o Cabeçudo meteu a faca no zombeteiro e matou-o na hora. A família da vítima era rica; a do Cabeçudo, pobre. Não houve jeito de encontrar um advogado para defendê-lo, pois o crime tinha muitas testemunhas. Depois de apelarem para advogados de Minas e do Rio, sem sucesso algum, resolveram procurar um tal de 'Zé Caneado', advogado que há muito tempo deixara a profissão, pois, como o próprio apelido indicava, vivia de porre. Pois não é que o 'Zé Caneado' aceitou o caso?

Passou a semana anterior ao julgamento sem botar uma gota de cachaça na boca! Na hora de defender o Cabeçudo, ele começou a sua peroração assim:

- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.

Quando todo mundo pensou que ele ia continuar a defesa, ele repetiu:

- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.

Repetiu a frase mais uma vez e foi advertido pelo juiz: - Peço ao advogado que, por favor, inicie a defesa.

Zé Caneado, porém, fingiu que não ouviu e: - Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.

E o promotor:- A defesa está tentando ridicularizar esta corte!

O juiz: - Advirto ao advogado de defesa que se não apresentar imediatamente os seus argumentos... Foi cortado por Zé Caneado, que repetiu: - Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.

O juiz não agüentou:- Seu moleque safado, seu bêbado irresponsável, está pensando que a justiça é motivo de zombaria? Ponha-se daqui para fora antes que eu mande prendê-lo.

Foi então que o Zé Caneado disse:

- Senhoras e Senhores jurados, esta Côrte chegou ao ponto em que eu queria chegar...Vejam que: se apenas por repetir algumas vezes que o juiz é meritíssimo, que o promotor é honrado e que os membros do júri são dignos, todos perdem a paciência, consideram-se ofendidos e me ameaçam de prisão... Pensem então na situação deste pobre homem, que durante quarenta anos, todos os dias da sua vida, foi chamado de Cabeçudo! Cabeçudo! Cabeçudo!

Cabeçudo foi absolvido e o Zé voltou a tomar suas cachaças em paz.

Mais vale um 'Bêbado Inteligente' do que um 'Alcoólatra Anônimo' !"

Bêbados do Mundo: Uni-vos!!!

23 de out. de 2010

22 de out. de 2010

Show Eu Ví ELIS Sorrindo de Elohim Seabra no TCP

Dia 17 de Novembro no teatro de Cultura Popular da FJA em Natal ás 20 Horas. Show de encerramento em Natal da Temporada que completa esse Mês 5 anos de Sucesso no Rio de Janeiro, No Show além de Canções da Elis Regina  terá uma Homenagem ao poeta Cazuza e mais canções inéditas  do novo CD que será lançado em breve.Ingressos antecipado ao preço de 30 ,00 e meia 15 ,00 no Teatro  TCP da Fundação José Augusto
                                           Breve  Release  de    Elohim Seabra
Em 2001 recém chegado da sua Cidade Natal RN participou do Festival Donos da Noite promovido pela Mutante Net Club Copacabana, defendendo a música “Todo o Sentimento”, quando ficou entre os finalistas, o que lhe rendeu o reconhecimento do público e da crítica especializada. Em 2003 Elohim decidiu enfrentar o desafio de apostar no seu trabalho de compositor. Gravou e produziu o CD independente Voz de Um Anjo, com a participação da cantora Adriana.
Em setembro de 2007 o show “Eu Vi Elis Sorrindo” de Elohim Seabra fez parte das comemorações dos quarenta anos do Canecão no Rio de Janeiro. Esse belíssimo show contou com o apoio de Miéle e roteiro da atriz e cantora Lucinha Lins e foi autorizado pela produtora Marilene Gondin, representante legal dos herdeiros da cantora Elis Regina que lhe rendeu meia página  no segundo caderno do Jornal “O Globo”.
Em Maio de 2008 participou e ganhou o primeiro prêmio no Festival de Serestas em Homenagem ao Centenário de Silvio Caldas, na cidade de Conservatória, RJ, cantando a belíssima composição de Catulo da Paixão Cearense e Pedro Alcântara “Ontem ao Luar”. Em 2009 Elohim é convidado pela produção do Teatro Rival para apresentar um novo Show, uma Homenagem aos Oitenta Anos do compositor e amigo  Evaldo Gouveia da dupla romântica Evaldo e Jair Amorim, Show intitulado Sentimental Demais,
Atualmente em nova fase de sua carreira Elohim Seabra está iniciando a gravação do CD Se tem que acontecer, acontecerá,  com canções inéditas  de compositores do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte e  uma  composição autoral.
Em setembro de 2010 estréia o show O Tempo não pára, 20 anos de saudade de Cazuza, com canções que marcaram uma época  inesquecível do Rock Pop Brasileiro com um poeta que sobrevive a todas as tendências musicais, divide com a  cantora Mônica Jucä cantora Carioca que vem despontando no cenário da música POP  de Natal e da Banda Grafith que completa 22 anos de sucesso.
Serviço:
Quando? Dia 17 /11(Quarta-Feira)
 Onde? Teatro de Cultura Popular
Que Horas? 20 Horas

21 de out. de 2010

Mais Sobre Bolinha de Papel

Já nos Anos 60 o célebre João Gilberto já homenageara o José Serra com Bolinha de Papel.


Bolinha de papel

João Gilberto

Composição: Geraldo Pereira

Só tenho medo da falseta,
Mas adoro a Julieta como adoro a
Papai do Céu
Quero seu amor, minha santinha
Mas só não quero que me faça de bolinha de papel
Tiro você do emprego,
Dou-lhe amor e sossego,
Vou ao banco e tiro tudo pra você gastar
Posso, Julieta, lhe mostrar a caderneta
Se você duvidar


Serra reclama por ter sido "atingido" por bola de papel durante caminhada


Assessoria chegou a divulgar que candidato teria sido vítima de um "pesado objeto" e informa que ele fez uma tomografia computadorizada




O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, demonstrou incômodo por ter sido "atingido" na cabeça durante caminhada realizada ontem (20), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no bairro de Campo Grande. Apesar de, em nota, o PSDB ter anunciado que se tratava de um objeto pesado e contundente, gravações da emissorra de televisão SBT demonstram que, no final das contas, o “projétil” não passou de uma bola de papel.

Prova disso foi a ausência de ferimentos aparentes. Logo após atingido, Serra, inclusive, dava sinais de que ia continuar com a passeata. Após receber uma ligação, no entanto, levou a mão à cabeça, interrrompeu a caminhada e entrou na vã da campanha. Depois do incidente, ele foi encaminhado a uma clínica em Botafogo, tendo sido liberado logo em seguida.

Ainda assim, Serra foi submetido a uma tomografia computadorizada, embora o resultado do exame ainda não tenha sido divulgado. A assessoria de Serra disse ainda que a recomendação médica dada ao tucano teria sido de repouso, o que fez o candidato cancelar seus outros compromissos no Rio, que incluía visita ao estádio Maracanã.

Ao final da tarde, o PSDB emitiu nota em que responsabilizava os partidários de oposição pelo ocorrido. Em dado momento da caminhada, houve confusão entre militantes tucanos e petistas. Mais tarde, antes de ser divulgado que o objeto que atingiu Serra era uma bolinha de papel, a candidata pelo PT à Presidência, Dilma Rousseff, se defendeu dizendo que o seu partido não estava envolvido com no epísódio.

Confira a nota divulgada pelo PSDB
Durante caminhada pacífica em Campo Grande (RJ), com muita aceitação popular, a comitiva do candidato à presidência da República, José Serra, foi surpreendida por militantes da campanha adversária, que tentaram impedir-lhe o avanço.

Em determinado momento, acertaram a cabeça do candidato Serra com um pesado objeto. Com o golpe, ele ficou tonto e se submeteu a um exame médico inicial, onde os médicos sugeriram uma tomografia computadorizada e repouso. Por conseqüência, foi suspensa sua programação no Rio de Janeiro.

Nossa candidatura reafirma sua posição pela paz, tolerância e um governo de unidade nacional, pois entende que esse é o único caminho para o progresso no Brasi

20 de out. de 2010

Pedubrêu na Casa

PeduBreu surge com a proposta do Show “ Rompendo Paradigmas” no dia 22 de Outubro de 2010 ás 20:00 horas. Que irá contar, cantar, retratar e evidenciar no palco da Casa da Ribeira, Música, cores e movimentos, trazendo a tona o tradicional misturado em várias vertentes, hábitos, expressões de nossa gente. Partindo prioritariamente de um referencial popular, brasileiro e universal.
A idéia visa romper com velhos paradigmas de desigualdades e informações, podendo assim democratizar o fazer artístico, socializando e permitindo o acesso dos bens e produtos de arte e cultura. Estaremos iniciando nossas atividades com um mostra fotográfica ás 18:00hs intitulada "Cultura Popular" do fotógrafo Leniltom Lima, e um bom forró de Rabeca com o Mestre Damião recepcionando o publico presente.

SERVIÇO:
PeduBreu no Projeto Cena Aberta
Sexta-feira ás 20 H.
Na Casa da Ribeira 22/10
Com o Show "Rompendo Paradigmas"
Ps:Senhas 5 Reais.
Já á venda no local

19 de out. de 2010

Essa Foi Déa Trancoso quem me contou

SENTA QUE LÁ VEM ESTÓRIA...
Meu compadre wilson é músico há mais de 30 anos DELA, Dona Música, tira o sustento para criar lindamente três filhos. meu compadre wilson está fazendo implante de dois dentes e dia desses foi ao dentista com o adesivo da DILMA no seu alforge.
O dentista logo o interpelou: - uai, wilson, você vai votar na Dilma? essa mulher é #*#%**& (e xingou a candidata de cobras e lagartixas, como dizemos lá no Jequi). cumpadre meu wilson escutou tudo calmamente (aliás, a serenidade é uma das maiores qualidades desse meu compadre) e disse: é... pois é... mas se hoje eu estou aqui, aos quase 50 anos, pagando estes caríssimos e necessários implantes, devo AO BRASIL, UM PAÍS DE TODOS!!! BRASIL UM PAÍS DE TODOS!!!!!

Pois é: Com Dilma, A VIDA VAI MELHORAR, VAI MELHORAR

Déa Trancoso é uma raridade de cantora lá do Vale do Jequitinhonha e que tive o prazer de ver soar saus cântiticos brejeiros, provincianos e cheio de modernidade pela simplissidade como a executa.

Alguns Depoimentos pró Dilma

São homens, artistas, cada um com seu talento específico que encanta, deixa abobalhado, milhões de pessoas mundo afora. São orgulhos do Brasil. E estão com Dilma, fechado, firmes e confiantes! 
Alceu Valença:
"Ela foi uma das gestoras do governo de Lula, competente, inteligente, preparada, e é essa mulher que eu já votei no primeiro turno e agora vou votar no segundo. Retrocesso, jamais!"





Chico Buarque: 
"É um governo que não fala fino com Washington e não fala grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso somos ouvidos e respeitados como nunca antes na história deste país"

 
 
Fernando Morais:
"Posso dizer com absoluta segurança, daqui a 500 anos, os seus tataranetos vão olhar para o Brasil dessa época, e mais do que de Getúlio, mais do que de Juscelino, vão se lembrar de Luiz Inácio Lula da Silva. Quem tem condições de continuar o que Lula fez se chama Dilma Rousseff"
 

 
Chico César:
"O Brasil não pode ficar nas mãos dos "vende Pátrias". Eles já venderam o que nós tinhamos de melhor, venderam barato, nós não podemos perder a Petrobras, por exemplo. Cai na mão do Fernando Henrique, do Serra, e essa turma é assim, com nariz empinado para o Brasil e de cabeça baixa para o imperialismo. Então a gente não pode trabalhar com essa gente. É Dilma, 13!"



Além desses estão com Dilma o Cantor Otto, Gog, Alcione, Oscar Niemayer, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Gilberto Gil, Lenine, Leonardo Boff, Marilena Chauí, Cristina Pereira, Paulo Betti, Antonio Pitanga, Antonio Grassi, Geraldo Azevedo, Elba Rmalho, Bayad Tonelli,Claudio Sales, Jorge Salomão, Benvindo Serqueira,Leci Brandão, Margarete Menezes,  Aderbal Freire, Domingos de Oliveira, Osmar Prado, Debora Colker, Mario Prata, Marieta Severo, Tassia Camargo, Dira Paes, Alessandra Negrine, Mata Gois, Karen Acioli, Margareth Menezes, Elba Ramalho, Aroeira, Claudio Adão, Eric Rocha, Herlvio Raton, Jorge Furtado, Lucia Murat, Liade Itamaracá, Zé de Abreu, Sergio Ricardo, Antonio Grassi, Chico Diaz, Sergio Mamberti, Marcos Frota, Pedro Cardoso, Sergio Vaz, Marcelo Serrado, Casa do Pontal, Noca da Portela, Beth Carvalho, Neguinho da Beija Flor, Alcione (aMarrom), Herminio Bello de Carvalho, Naná Vasconcelos, Perfeito Fortuna, Wagner Tiso, Yamandu Costa, Tom Zé, Rildo Hora, Diogo Nogueira, Ednardo, Isaak Karabchevski, Rosemary, Ivan Villela, Angela Masselani, Francis Hime, Miucha, Silvia Buarque, Ziraldo, Hugo Carvana,Eu e muito mais milhares que desejam que o Nosso país avance para os Brasileiros.

Uma seleção brasileira da arte e do pensamento

O Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, não escapou de seu destino. Fundado em 1966, foi palco da resistência à ditadura militar protagonizada pela classe artística e intelectual brasileira. No 18 de outubro de 2010, os personagens voltaram ao palco para mais um ato: resistir ao retrocesso dos tucanos. Com Dilma Rousseff, mestres da literatura e da música, artistas e filósofos defenderam a dignidade reconquistada, a reconstrução do Estado e a soberania nacional.
“É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana”, diz o manifesto de artistas e intelectuais pela eleição de Dilma.
Estava lá o arquiteto Oscar Niemeyer, com a sabedoria de quem tem um século de vida. Num canto do palco, Ziraldo. Ao seu lado, Hugo Carvana. Chico Buarque dominou a timidez para declarar seu apoio a Dilma, “mulher de fibra, com senso de justiça social”. Para o músico, o governo Lula não corteja os poderosos de sempre.
“Fala de igual para igual com todos. Nem fino com Washington, nem grosso com a Bolívia. Por isso, é respeitado no mundo inteiro como nunca antes na história desse país”, afirmou  o criador de "A banda", arrancando risos da plateia. 
Deixa a Dilma me levar
Alcione, Margareth Menezes e Lecy Brandão foram as primeiras a chegar. Zeca Pagodinho não foi, mas mandou dizer que está com Dilma. Beth Carvalho empolgou e cantou: “Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu.”
O ex-ministro Marcio Thomaz Bastos levou um manifesto dos advogados. Ganhou um beijo de Dilma. As ausências da economista Maria da Conceição Tavares, do filósofo Frei Betto e da psicanalista Maria Rita Kehl foram sentidas, mas suas assinaturas estavam no manifesto.
Duro, o escritor Fernando Morais bateu nas privatizações feitas pelo PSDB. “Estou com a Dilma porque sou brasileiro e quero o Brasil nas mãos dos brasileiros. Eu sou contra a privatização canibal que esses tucanos fizeram e sei o mal que o José Serra pode fazer para o Brasil.”
Vencer a mentira
Mais suave, mas não menos contundente, o filósofo Leonardo Boff disse que o PSDB faz políticas ricas para os ricos e políticas pobres para os pobres. “A esperança venceu o medo. Agora, a verdade vai vencer a mentira.”
Eram tantos com Dilma, que o sociólogo Emir Sader comentou: “Uma pena o Maracanã estar em reforma.” Ele tem uma avaliação muito a respeito do que está em jogo no segundo turno. "A alternativa a Dilma é obscurantismo, a repressão, o caminho do fascismo", disse, se referindo aos tucanos do PSDB de José Serra.
A candidata à presidência reconheceu nos artistas e intelectuais presentes no ato político as músicas e os livros que marcaram sua vida. No discurso, falou do orgulho que sente das derrotas que sofreu. Ganhou, por outro lado, a capacidade de resistir.
“Quem perde, ganha uma grande capacidade de lutar e resistir. Disso, uma geração não pode abrir mão. Eu tenho muito orgulho das minhas derrotas, que fizeram parte da luta correta”, afirmou Dilma.
Seguir mudando
Hoje, Dilma se orgulha da transformação vivida pelo Brasil nos últimos oito anos. Pelo menos um tabu foi quebrado: era impossível crescer e distribuir renda. “Mudamos a trajetória deste país. Não foram mudanças pontuais.”
Uma delas, segundo a candidata, refere-se ao gasto social. “Hoje, o Estado dá subsídio direto para a população. Faz isso na casa própria e na luz elétrica”, ressaltou Dilma.
Para ela, as mudanças nos gastos sociais combinadas com a geração de emprego permitiram que 28 milhões de pessoas saíssem da pobreza. Mas Dilma quer mais: “O meu compromisso é erradicar a pobreza no Brasil. Ninguém respeita quem deixa uma parte de seu povo na miséria”.
Outro compromisso é dar a riqueza do pré-sal aos brasileiros e não entregá-la “de mão beijada” para as empresas estrangeiras. “Nós temos de ter memória. Também está em questão nesta eleição o que eles farão com o pré-sal”, alertou Dilma. Ela prometeu não errar. E decretou: “Mulher sabe, sim, governar.”
A plateia aplaudiu de pé o discurso de Dilma. Na saída, um jovem artista amador definiu: “Mais uma noite histórica no Casa Grande.”
Acompanhe aqui a cobertura diária da campanha de Dilma pelo Twitter.





Dilma tem propostas para a Cultura - Confira!!


Veja a seleção abaixo das propostas da candidata Dilma Roussef para a Cultura do Brasil!! Não é preciso lembrar que a situação dos artistas brasileiros mudou completamente após a eleição de Lula presidente. Agora é a vez de Dilma continuar o trabalho do homem para a Cultura. Veja as propostas de Dilma 13!




  • Investimento na implantação de espaços Mais Cultura, através do PAC 2, com modulos de cine-teatro, bibliotecas e núcleos de cultura digital
  • Ampliar os pontos de Cultura (além dos cinco mil criados no Governo Lula), bem como, Pontos de Leitura e de Mídia Livre.
  • Integrar cultura e educação, fazendo do espaço da escola área de circulação da cultura brasileira e de acesso aos equipamentos culturais.
  • Intensificar as ações dos Pontos de Leitura, Arca das Letras e Agentes de Leitura.
  • Instalar bibliotecas em cada um dos municípios brasileiros, criação de agentes de leitura e expandir a oferta de salas de cinema.
  • Regulamentar e implantar o Vale Cultura, dando um benefício de R$ 50 reais aos trabalhadores para o consumo de produtos culturais.
  • Fortalecer o Fundo Nacional de Cultura e os Fundos Setoriais, ampliando os mecanismos de financiamento.
  • Defender uma melhor divisão de recursos entre os Estados e mais parcerias com a iniciativa privada para financiar os bens culturais.

Ações já encaminhadas pelo Governo Lula e que Dilma dará prosseguimento:

  • Fundo social para o setor no projeto de regulamentação do pré-sal
  • Reforma da Lei Rouanet
  • Implantação e Regulamentação da PEC 150, caso seja aprovada. A PEC 150 que destina 2% do orçamento da União, 1,5% do Estado e 1% dos munícípios para a cultura.

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18 de out. de 2010

Pandora inesgotável




As investigações do esquema do governo Arruda no 
 Distrito Federal prosseguem. Na mira da PF, 
os senadores Agripino Maia (esquerda) e Sérgio Guerra (direita). 
Por Leandro Fortes. Fotos: Ana Amara/DN e William Volcov/ AE
Em 27 de novembro de 2009, o delegado Wellington Soares Gonçalves, da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, deu uma batida no gabinete de Fábio Simão, então chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. A ação, autorizada pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fazia parte da Operação Caixa de Pandora, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, responsável pela desarti-culação de uma quadrilha montada no governo local movida a corrupção pesada e farta distribuição de propinas.
Na sala de Simão, a equipe de policiais federais encontrou um CD com a seguinte inscrição: “Dist. De Dinh. Da Qualy, 8/10/2005”. Levado à perícia, o disco se revelaria um indício comprometedor contra dois dos principais líderes da oposição no Congresso Nacional, os senadores Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte, e Sérgio Guerra, do PSDB de Pernambuco. Guerra ocupa também a presidência nacional do partido e coordena a campanha de José Serra à Presidência.
Feita a análise pela Divisão de Contra-inteligência da PF, descobriu-se que o CD possuía um único e extenso arquivo de áudio e vídeo, de 42,4 megabytes, com 46 minutos e dois segundos de duração. Nele estava registrada a conversa entre um homem não identificado e uma mulher identificada apenas como Dominga.
A investigação dos federais revelou que Dominga era auxiliar de serviço -geral de uma companhia chamada Inteco, depois contratada pela Qualix Serviços Ambientais, empresa de coleta de lixo do Distrito Federal apontada como um dos sorvedouros de dinheiro público do esquema de corrupção do DEM em Brasília e parte de uma disputa política na qual se contrapõem Arruda e o também ex-governador Joaquim Roriz, do PSC. O chefe de Dominga era Eduardo Badra, então diretor da Qualix, para quem ela organizava a agenda, fazia depósitos bancários e “serviços particulares”. Na conversa com o amigo desconhecido, Dominga explicou que serviços eram esses.
O trabalho da secretária era o de, basicamente, telefonar para os beneficiários de um esquema de propinas montado na casa de Badra e, em seguida, organizar a distribuição do dinheiro. De acordo com as informações retiradas do CD apreendido no gabinete de Simão, as pessoas para quem Dominga mais ligava eram, justamente, Agripino Maia, Sérgio Guerra e Joaquim Roriz.
Também recebiam ligações da secretária Valério Neves, ex-chefe de gabinete de Roriz, e dois dirigentes da Belacap, estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do Distrito Federal: Luís Flores, diretor-geral da empresa, e Divino Barbosa, diretor operacional. Flores é primo de Weslian, mulher de Joaquim Roriz, alçada pelo marido candidata do PSC ao governo do DF depois que ele desistiu da disputa, temeroso de ver sua candidatura cassada por ficha suja.
Segundo Dominga, quando a Qualix estava para receber valores de contrato da Belacap, Badra a obrigava a dar telefonemas “dia e noite”, não sem antes entrar em contato com um doleiro identificado como Faied, para saber quando ele poderia entregar o dinheiro, tanto em dólar quanto em real. De acordo com as informações da secretária, as propinas eram acomodadas em caixas de arquivos de papelão com montantes de 50 mil reais a serem distribuídos entre quadras de Brasília ou no estacionamento do restaurante Piantella, um dos mais tradicionais da capital federal, frequentado por políticos e jornalistas, de propriedade do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Lá, entre acepipes e vinhos caros, os interessados jantavam e decidiam como e quando seriam feitas as partilhas.
Procurados por CartaCapital, os senadores Maia e Guerra responderam por meio de assessores de imprensa. Guerra, ponta de lança da ofensiva udenista montada pelo PSDB para atacar a candidata do PT, Dilma Rousseff, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Pernambuco em 3 de outubro. Ele admite ser amigo de Badra há 30 anos, desde que se conheceram em uma exposição agropecuária. Segundo ele, o vídeo apreendido pela PF cir-cula por Brasília desde 2006 e, garante, trata-se de uma armação contra ele e outros políticos. “Entre mim e o Eduardo nunca houve outro relacionamento senão o de amizade, que vai continuar”, avisa.
Maia foi ainda mais econômico com as palavras. Garante não ter nenhuma relação com Badra, de quem só se lembra de ter encontrado, “anos atrás”, para tratar de uma proposta da Qualix para se instalar no Rio Grande do Norte. O senador do DEM afirma ter sido procurado por outros órgãos de imprensa para falar sobre o mesmo assunto, mas que estes teriam se desinteressado logo depois de confrontados com a versão apresentada por ele.
Nas redações de Brasília, a história é outra: nada foi publicado por pressão da campanha de Serra, em abril deste ano, para que a candidatura do tucano não se iniciasse com um escândalo envolvendo o presidente do partido e um líder do principal partido aliado, o DEM. Temiam, os tucanos, uma sinistra repetição da circunstância que, em 2005, derrubou do mesmo cargo o senador Eduardo Azeredo, mentor do “mensalão” do PSDB de Minas Gerais, ao lado do publicitário Marcos Valério de Souza, mais tarde flagrado no mesmo serviço de alimentação de caixa 2 para o PT.
O esquema denunciado pela secretária Dominga é cheio de detalhes e, ainda hoje, surpreende a PF pelo grau de ousadia. As caixas eram colocadas em porta-malas de carros da quadrilha e, em seguida, repassadas pessoalmente por Badra a quem de direito. Nessa empreitada, revelou Dominga, ajudavam outros dois diretores da Qualix, Pedro Gonzales Campoamor, de Brasília, e Roberto Medeiros, de São Paulo. A secretária cita como origem dos recursos duas agências bancárias situadas no Setor Comercial Sul de Brasília, uma do Bradesco, outra do Banco de Brasília (BRB).
De acordo com a investigação da PF, o dinheiro distribuído aos personagens citados no CD, entre os quais brilham Guerra e Maia, apelidados por Dominga de “pessoal da Belacap”, chegou a mais de 300 mil reais. Parte dos pagamentos, segundo a gravação obtida no GDF, ia para personagens identificados como criadores de cavalos registrados na conversa, alguns, como a própria secretária, sem registro de sobrenome. Entre eles, Mário de Andrade, Ana Lúcia Fontes, Ana Lúcia Junqueira e Alberto. Também aparecem nomes sem especificação como Marci Bagarolli, Carlos Junqueira, Gilda, Ana Jatobá, Antonio Clareti Zandonait e Daniel.
A ação da Polícia Federal foi feita de surpresa na residência oficial de Águas Claras, onde Simão mantinha um gabinete pessoal. Ao chegar ao lugar, os agentes verificaram que todas as portas estavam abertas,- inclusive a de acesso ao prédio principal, com exceção daquela do gabinete de Simão. Por volta das 6h30, a PF acionou o serviço de um chaveiro para abrir a porta do auxiliar de Arruda, mas um funcionário anunciou que iria pegar as chaves. Em vão. Nenhuma delas abria a porta do chefe de gabinete. Foi preciso arrombar uma janela para que, então, os federais pudessem entrar no local, por volta das 7 horas.
Às 7h15, segundo relato da PF, a mulher do governador, Flávia Arruda, chegou ao local para tomar conhecimento do mandado de busca e apreensão, mas em seguida foi embora, após informar que não tinha interesse em acompanhar a ação policial. A primeira coisa encontrada pelos agentes foi uma bolsa preta, escondida atrás de uma mesa, com cédulas de reais e dólares. Às 8h50, chegou José Gerardo Grossi, advogado de Arruda, também para verificar os termos do mandado e acompanhar a busca.
A PF decidiu investigar a vida de Simão porque ele foi denunciado pelo ex-secretário distrital de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do chamado “mensalão do DEM”. Em um vídeo entregue ao Ministério Público Federal por Barbosa, ele mantém uma conversa com o representante de empresas de informática Agenor Damasceno Beserra. Os dois tratam de detalhes de uma licitação, estabelecem quem deve ganhar a disputa e como deve ser feito um aditivo de 4 milhões de reais. No diálogo, Beserra confirma ser Simão, chefe de gabinete de Arruda, o principal interessado na liberação do contrato e no aditivo.
De acordo com o relatório da PF, o exe-cutivo Badra mora em São Paulo. Em Brasília, costumava se hospedar em um hotel no Setor Hoteleiro Sul. Mas, por causa da conversa gravada entre Dominga e o amigo, descobriu-se que ele chegou a alugar uma casa no Lago Sul de Brasília para promover “reuniões mais privadas”. Era lá que Dominga trabalhava. Badra também utilizava um apartamento do diretor da Qualix Pedro Campoamor, no bairro do Sudoeste. Em abril de 2009, relata a PF, a casa de Campoamor foi assaltada, os ladrões levaram 100 mil reais, mas nenhuma ocorrência foi feita na polícia.
CartaCapital teve acesso aos documentos produzidos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na semana passada, quando os envolvidos acreditavam que o assunto estava enterrado pela burocracia. A Operação Caixa de Pandora, responsável pela prisão de Arruda e pela exposição do mais explícito espetáculo de corrupção da história do País, graças aos vídeos do delator Durval Barbosa, segue a todo vapor. Desde novembro de 2009, quando o CD de Dominga foi apreendido, um grupo de investigadores da Divisão de Inteligência da PF trabalha nos desdobramentos da operação. Os federais estão de olho, sobretudo, na guerra iniciada, há dez anos, em torno dos contratos de coleta de lixo no Distrito Federal.
A Qualix faz parte desse pacote de investigações. A empresa, terceirizada a partir do governo Roriz, deteve praticamente o monopólio da coleta de lixo do DF entre 2000 e 2006, embora “quarteirizasse” serviços a outras duas empresas, a Nely Transportes e a Construtora Artec, de propriedade de César Lacerda, ex-deputado -distrital do PSDB, ligado à ex-governadora tucana Maria de Lourdes Abadia. Candidata derrotada ao Senado nas últimas eleições, Abadia assumiu o governo do DF em junho de 2006, quando Roriz renunciou para se candidatar à mesma Casa. Acabou eleito, mas foi obrigado a renunciar ao mandato para não ser cassado por corrupção.
A rápida passagem de Abadia pelo governo distrital serviu para iniciar a guerra pelo controle dos contratos de lixo na capital federal e nas cidades-satélites. Não é por menos. Na última década, os cofres públicos distritais despejaram mais de 2 bilhões de reais nesses contratos, quase todos suspeitos e cheios de vícios. Abadia, aliada a Roriz, conseguiu quebrar o monopólio da Qualix, defendida pela turma de Arruda e do ex-secretário de Saúde Augusto Carvalho, deputado federal pelo PPS. Assim, dividiu o bolo do lixo com a Artec e mais duas outras empresas, ambas de Brasília, a Caenge Engenharia e a Valor Ambiental.
Essa partilha contou com a participação de dois representantes do Ministério Público Distrital, os promotores Leonardo Bandarra, então procurador-geral de Justiça, nomeado por José Roberto Arruda, e Deborah Guerner, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em depoimento ao Ministério Público Federal, Barbosa acusou a dupla de ter facilitado a vida das empresas de lixo, além de ter recebido 1,6 milhão de reais para vazar informações, em 2008, sobre ações de busca e apreensão da Operação Megabyte, da Polícia Federal, realizada contra empresas de informática contratadas pelo governo. Em 7 de junho deste ano, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou, por unanimidade, um processo administrativo disciplinar contra Bandarra e Deborah Guerner para investigar o envolvimento de ambos no esquema.
Uma semana depois da decisão do CNPM, a Polícia Federal foi à casa da promotora e descobriu, enterrado no quintal, um cofre com cerca de 300 mil reais. Os agentes saíram ainda com várias caixas com documentos da Caenge Engenharia e da Valor Ambiental, justamente as duas empresas colocadas no esquema por pressão da dupla Abadia-Roriz. Há duas semanas, a PF voltou ao jardim de Deborah Guerner e achou outro cofre enterrado, este recheado de mídias de informática e, para desespero de muita gente, mais CDs com gravações de áudio e vídeo.
À Corregedoria do Ministério Público, Barbosa afirmou ter participado de uma reunião na casa da procuradora, onde estiveram presentes Arruda, o ex-vice-governador Paulo Octavio Pereira e Bandarra para, justamente, acertar os termos da divisão do contrato do lixo. Embora ainda estejam sob investigação, Bandarra e Deborah Guerner continuam no Ministério Público. A promotora entrou com um pedido de aposentadoria, ainda não deferido, por conta da sindicância aberta pelo órgão.
A partir de 2006, na transição do governo do PSDB de Abadia para o DEM de Arruda, os contratos do lixo passaram a ser renovados emergencialmente, sem licitação a cada seis meses. Somente em junho de 2010 o governo conseguiu finalizar uma nova concorrência. Além da Qualix, participaram os suspeitos de sempre: Construtora Artec, Valor Ambiental, Caenge Engenharia, Nely Transportes e, novata no esquema, a Delta Construções.
De acordo com informações do Siggo, o sistema de acompanhamento de gastos feito pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, a vencedora do primeiro lote da licitação realizada neste ano foi a Delta Construções, com o preço de 368,9 milhões de reais. A Qualix ficou em segundo, com 383,1 milhões de reais. A empresa Valor Ambiental foi a ganhadora do segundo lote, com o preço de 210 milhões reais, sete milhões de reais a menos que a segunda colocada, novamente a Qualix, com 217,1 -milhões de reais. No terceiro lote, a vencedora foi a Construtora Artec, com 173 milhões de reais. Em segundo, ficou a Delta, com 174 milhões de reais. Por meio de liminares, a Qualix tem conseguido suspender as contratações do primeiro e terceiro lotes.
De acordo com a assessoria de imprensa da Qualix, a empresa mudou de dono, em junho passado, quando foi comprada pelo fundo privado Arion Capital. No fim de setembro, a empresa se colocou à disposição da Polícia Federal para abrir suas contas e a contabilidade para qualquer investigação. O assessor Paulo Figueiredo informa que a empresa realizou uma ampla auditoria nas contas da gestão passada da Qualix, iniciada em 1998, e não identificou nenhum pagamento ou saída de recursos feita de forma irregular. A decisão de colaborar com a PF veio, justamente, depois de parte da história sobre pagamentos de propinas revelados pela secretária Dominga vazar para a imprensa.
Até junho de 2010, a Qualix pertencia ao grupo argentino Macri, quando entrou em situação pré-falimentar por conta de muitas dívidas.
O Macri chegou a comprometer um terço do faturamento anual da empresa, calculado em 1 bilhão de reais, para pagamentos de faturas de curto prazo a diversos credores. A empresa tem sede em São Paulo e mais 11 filiais em várias capitais brasileiras, algumas com problemas graves. Em agosto, o prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), encerrou o contrato local com a Qualix pelo fato de a empresa não ter mais condição de colocar a frota de caminhões na rua. O ex-dono da Qualix, Franco Macri, está sob investigação da PF, acusado de enviar dinheiro para o exterior de forma ilegal.



Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor, autor dos livros Jornalismo Investigativo, Cayman: o dossiê do medo e Fragmentos da Grande Guerra, entre outros. Mantém um blog chamado Brasília eu Vi. http://brasiliaeuvi.wordpress.com