Dentro das minhas inquietudes uma das coisas que mais me chamou a atenção foi estar presente nas duas primeiras edições do projeto Forró nas Feiras, idealizado por Leo Namanha e Marcelo Veni. Um tiro certeiro. Como pode um evento ser tão democrático? Como pode um acontecimento ser tão popular e tão cheio de erudição? Na ocasião de estréia, na Feira do Alecrim o que se presenciava era o encantamento dos mais simples. O contato direto. Pessoas que semanalmente têm o ritual de fazer suas compras e que de uma hora para outra encontrava uma barraca que parecia mais um arraia no mês de junho, em meio a todo aquele calor de janeiro, mesmo que nublado, deparavam-se com a musicalidade do Forró Namanha que apresentava um repertorio coeso mesclado de composições próprias com clássicos do forró pé de serra e sendo de grande aceitação desde os intelectuais que ali freqüentam, ali foram e até os transeuntes cotidianos daquele universo.
No Bairro das Rocas não havia de ser diferente. Teve banca que fechou mais cedo para que esses mesmos feirantes fossem direto para onde se come picado com cachaça para uma melhor “curtição” daquele presente oferecido ao povo. Toda qualidade de gente se misturava entre curiosos e visinhos da redondeza: uns porque não acreditavam neste acontecido. E tinha bêbados que dançavam: hora sós, hora agarrados fazendo do momento engraçado. As “meninas” da Rua São Pedro que acordara naquela segunda-feira como se fosse ainda noite de sexta. E todo mundo caia no Forrobodó.
O projeto não para só por aí, ele é uma aula/espetáculo contando a história do mais popular dos ritmos do Nordeste: o Forró (não se trata de um show gratuito) fala-se das variantes do forró, as origens dos instrumentos e suas funções, o origem do nome, seus principais representantes no Brasil e no mundo, como se dança, e muito mais curiosidades tão peculiares que só o nosso forró tem.
Além do grupo Forró Namanha, o evento conta com as participações especiais de Zé da Feira interpretado por Costa Filho e com o bailado de arrancar suspiros de Ilana e Dudu. Tudo isto para enriquecer ainda mais a beleza deste projeto.
Esta ação está sendo realizada graças ao Fundo Municipal de Cultura e é o primeiro projeto sendo executado através deste incentivo da Capitania das Artes e Prefeitura do Natal. Como aqui o veneno é deste-lado, não poderia deixar de registrar o não comparecimento de nenhum representante da Funcarte nas edições anteriores. Fica a dica para a galera da Funcarte ir prestigiar o encerramento na feira da Cidade da Esperança. Aproveito e convido os caningados leitores deste cibermundinho também. A gente se encontra lá para dançar aquele rela-bucho.
Todo mundo que tá envolvido tá de parabéns, ir a feira ficou mais divertido, lúdico e Cult. E não para por aí no final da programação, a produção não achando tudo isso demais, ainda são distribuídos gratuitamente CD’s do Grupo Forró Namanha. Para terminar de ganhar o dia.
Tá todo mundo convidado a comparecer neste domingo dia 06/02 a partir das 09:00h. na Feira da Cidade da Esperança (sempre próximo a barraca do picado) o encerramento desta que com certeza será a primeira de muitas fazes do Projeto Forró nas Feiras. E Dá lhe Forró Namanha!!!
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