8 de ago. de 2011

Um Olhar Poético sobre o Festival acompanhado por o meu melhor barraco

Festival de Olímpia 23 a 31 de Julho de 2011
Olímpia veste as cores potiguares para receber e encantar o Brasil

RELATÓRIO

Um dos maiores orgulhos presenciados na minha vida, foi ver esta tão merecida e honrada homenagem que o folclore potiguar recebeu desta cidade tão mágica que é Olímpia. Sentir ser amado por viver em uma terra tão fértil e diversa como é o Rio Grande do Norte. O meu sentimento diante do contato com a população em todos os seus seguimentos sociais, desde o mais humilde até o prefeito, perpassando por grandes empreendedores olimpienses e das cidades circunvizinhas que entravam maravilhados em nosso pavilhão e saiam ainda mais encantados com toda a nossa riqueza vista no nosso artesanato, na nossa literatura, nos nossos sabores, na nossa geografia, nos nossos costumes, sotaque, enfim: em nós potiguares.  Isto realmente não tem preço. Seria preciso que este acontecimento se repetisse umas cem vezes para quem sabe, o poder público, a iniciativa privada e também a nossa sociedade ter noção da dimensão do que aconteceu em Olímpia neste 47º FEFOL. A força de toda a nossa delegação no evento foi algo que só me encheu de orgulho. Seja no melhor que cada um faça, seja na nossa hospitalidade em receber cada um que lá chegava. Marca maior do povo potiguar. A equipe de palestrantes fez bonito em falar de Cultura popular, Rio Grande do Norte e afins, cada um dentro do seu tema, também não poderia ter feito mais bonito. A repercussão por nós causada é exemplo disto.
Minha estimativa para a quantidade de pessoas interessadas em conhecer o RN é em torno de vinte mil pessoas que passaram por dia em nosso pavilhão e compreenderam que o Rio Grande do Norte é um dos lugares mais pitorescos do Brasil, pois tem um dos litorais mais belos e aconchegantes, além do mais descobriram o Parque Arqueológico de Lajedo do Soledade, O Instituto Câmara Cascudo, Fortaleza dos Reis Magos, Praia da Redinha, os endereços dos nossos mestres da cultura popular, enfim, em tempos de copa do mundo, o assunto foi cultura, o Brasil tem interesse em conhecer o nosso povo, os nossos costumes e a nossa história, o turismo aqui dar-se-á de uma nova roupagem, além de apenas sol, passeios de buggy e dromedários, tá mais interessante e gostoso conhecer o Rio Grande do Norte pois temos uma bela história para contar.
Foi muito bom ver a bravura e a beleza com que os meninos e meninas da cidade de Major Sales cada vez que apareciam, eles roubavam a cena, me emocionei em todas as aparições deles ao ver toda a platéia querendo dançar os paços dos Caboclos e do Rei de Congo. As Meninas do Pastoril Dona Joaquina, um luxo a parte, elas encantam aonde chegam. Muito merecida homenagem ao grupo. Os grupos de Passa e Fica precisam ser mais cuidadosos no quesito pesquisa, mas merecem ser ressaltados, pois foram representar a cidade. O grupo é jovem e se tiver humildade e força para a pesquisa, chegarão longe.
Diante a alguns atropelos, até entre nós foi tudo muito tranqüilo, afinal, o poeta Paulo Varela que todos já conhecem os seus “pitis” então, o segredo foi não dar muito ouvido aos seus barulhos.


Mas o episódio que não posso deixar de relatar tem a ver com a Sra. Márcia Moreno, de quem até então eu tinha alguma estima, onde na ocasião da chegada de Regineide e Sergio, representantes da Secretaria Estadual de Educação que por sua vez, foram para o Festival por conta própria, bancando as suas despesas com passagens aéreas, traslado e hospedagem, pois não conseguiram em tempo hábil, liberação da SEC para que os mesmos fossem custeados pela secretaria através de passagens e diárias e ainda assim tiveram muito honradamente demandas da nossa querida Secretária Extraordinária de Cultura Isaura Amélia Rosado, demandas estas que se relacionavam diretamente as práticas do folclore e educação desenvolvidas na cidade de Olímpia. Devido ao tamanho das Despesas pagas por Sergio e Regineide, convidamo-os para que deixassem a pousada onde estavam hospedados e que ficassem conosco no alojamento e graças a um passeio que a Sra. Márcia estava fazendo a São José do Rio Preto com uma amiga, além de impossibilitar que suas companheiras de alojamento ficassem impossibilitadas de usufruir do mesmo, pois ela estava com posse da chave do alojamento que era um espaço coletivo.E a chave estava em sua posse em outra cidade, ao chegar disse que não os aceitava no espaço. Fomos Sitônia, Ked e eu em busca de um diálogo para resolver este problema e ficar tudo bem como era a nossa principal intenção desde que saímos de nosso estado. A começo de conversa ela disse que não aceitaria conversar comigo, pois eu estaria bêbado por portar uma caneca de vinho, mesmo não sendo considerado em estado embriagatório  por nenhum membro da delegação, acatei a decisão dela, pois estava sim alcoolizado e tenho consciência que perderia qualquer razão se por mim tivesse alguma alteração, mas reforço que foi de muito desrespeito para comigo, já que momento algum a tratei de forma violenta que fosse, mas permaneci calado até que a mesma afirma que não aceitaria pessoas do sexo masculino em seu alojamento, pois lá não era lugar de promiscuidade e eu a pedi que respeitasse todas as pessoas que estavam no outro alojamento, já que viemos para trabalhar e mesmo sendo todos maiores, não estávamos lá para promiscuidade e sim para elevarmos da melhor forma o nome do nosso estado. Ela pediu que eu me calasse, pois com bêbado ela não queria conversa, quando nenhuma das mulheres que estavam no alojamento ao qual eu estava se negaram a ficar lá no mesmo alojamento que ela, a Senhora Márcia Moreno afirmou que os recebia (Regineide e Sergio), porém insinuando ser roubada. Para evitar um episódio dessa natureza, nos impressamos no outro alojamento junto com os nossos representantes da educação. Mas ainda no meio da discussão que estava sempre em tom desrespeitoso pela Márcia, ela teve a infelicidade de dizer que não estava no Festival a trabalho e sim a passeio e aí eu independentemente de grau alcoólico que estava, disse para esta cidadã funcionária pública tão honrosa que da próxima vez em que ela fosse viajar ela fizesse economias para isto, que ela não usasse do dinheiro público para isto, pois a minha passagem como membro da chefia da FJA, me proporcionou muitas e boas viagens, mas sempre honrei o dinheiro público e nunca saí a passeio usando dele. E assim encerou-se o assunto naquela noite. Constrangidos com esta situação Regineide e Sergio voltam a se hospedarem em uma pousada e como sempre sendo úteis a delegação potiguar.
No dia seguinte, por volta do meio dia (quando a nossa rotina começava às 8:00h.) chega ao pavilhão Márcia Moreno e eu muito ironicamente pergunto para ela por que ela não foi passear, afinal, ela veio para Olímpia para isto e o Pavilhão potiguar era lugar de quem trabalhava e continuei dizendo que naquele momento ela iria me ouvir, pois eu estava sóbrio. Márcia disse que iria gravar a nossa conversa, Eu disse que iria falar alto, mas não era porque eu estaria gritando com ela, apenas queria que todos os presentes no pavilhão escutasse a conversa e que ficasse muito bem registrado em seu celular. Disse que ela respeitasse toda a delegação, pois ninguém estava lá para promiscuidade e sim para trabalhar e que todos nós éramos merecedores de todas as honras por isto, também disse que tinha uma má impressão dos funcionários da FJA, até vir trabalhar na instituição e hoje ter e manter uma relação muito amorosa com a maioria e de inimizade com ninguém da instituição. De saber que todos os servidores sonham e são merecedores da oportunidade dada a Márcia e que ela não tinha o menor respeito para com a instituição, os colegas e ao dinheiro público ao dizer que estava lá a passeio. Márcia se sentiu agredida com esta verdade e ameaçou chamar a segurança e eu a pedi que chamasse, pois ela veria quem seria levado, eu que trabalhava ou ela que estava causando discórdia. Sei que fui muito pesado nas minhas palavras, mas sei que não fui mentiroso, nem injusto. Márcia em determinado momento me falou que ao chegar em Natal eu tivesse muito cuidado, pois eu me daria muito mal, questionei se aquilo era uma ameaça e publicamente ela confirmou que sim e começou a dizer repetidamente que eu ainda assim estaria a agredindo. Já irritado, disse para ela que parasse de dizer que eu estava a agredindo, pois ficaria preso na cadeia de Olímpia, mas que ela saberia o que era uma agressão de verdade e assim encerrou toda aquela celeuma. Quero enfatizar que toda esta discussão foi presenciada por mais da metade da delegação e por pessoas que transitavam no pavilhão. Então tenho testemunhas de todo este acontecido. Segue anexo o Boletim de Ocorrência onde denuncio que qualquer dano físico, moral ou de qualquer forma que seja tem total responsabilidade da Senhora Márcia Moreno a partir de agora. No mais foi tudo muito rico e ainda assim não enfraqueceu nenhum laço e diminuiu a alegria e entusiasmo que foi motivo para reiterar o convite da volta da delegação para o 48º FEFOL em 2012 e que a atenção da Secretaria Extraordinária de Cultura seja de igual à maior para que abrilhantemos ainda mais esta imagem positiva na história da nossa cultura popular. Meu abraço caloroso a toda esta instituição que a relação que eu tenho é muito amorosa e sei que a recíproca é verdadeira.

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