Ando querendo não perder o bom humor por sobre as
coisas. Tô vendo a vida passar como se fosse água pelos dedos e estou fazendo o
que é possível para ter algo em baixo para aparar e não perder esta água, ou
melhor: esta vida que também posso chamar de tempo perdido.
Incomoda-me bastante a sensação que tenho que as
pessoas em minha volta fazem e são capazes de fingir não ver para não ter
responsabilidades pelo que elas mesmas plantaram e me alimentaram a cultivar
isto junto. E hoje vejo que muito do que eu plantei a vida inteira apodreceu. A
única coisa positiva nisso tudo é saber que sou fênix e renasço a cada
instante. Mais um processo de mudança eu estou vivendo e aprendendo e acima de
tudo compreendendo para ter certeza em quem está em minha volta, onde está o
meu porto seguro, quem de fato se preocupa comigo e quer me ver bem.
O ano de 2011 foi um ano de muitas mudanças na minha
vida. Recheada de acontecimentos duros. Doenças, depressões e primordialmente,
de pessoas que enxerguei exatamente quem elas são de verdade. Conto cada
segundo para ver este ano acabar-se e poder recomeçar mais uma vez. Mas o
melhor de tudo é saber que mesmo enfraquecido, mas muito fragilizado mesmo. Sei
quem está comigo e também sei que estas mesmas pessoas que estão em minha volta
estão no mesmo patamar de fragilidade também.
Muitas estranhezas causarão quando minha falta for
percebida em diversas instâncias em meu universo. Isto já está sendo notado. É mais
um recomeço. Uma nova estrada para surgir e claro: mais uma enorme chance de
dar tudo errado de novo. Dessa vez o erro é por minha conta. Anteriormente falei
que coletivamente os meus sonhos não diziam nada (clique aqui para ver). A minha
intransigência solitária sempre fez mais por muitos, pelo menos por muitos que
são do meu interesse. Pelo menos, sempre deixei isto claro para todos em minha
volta. Nunca usei da falsa ilusão de está construindo um sonho coletivo onde no
final eu me dei bem sozinho.
É muito pra baixo tudo isto que falo aqui, mas é
necessário ser dito, mesmo que seja em algum lugar e que somente eu leia para
saber que a comunicação está sendo feita. Mas o que eu não aguento é aquela
sensação de ao sorrir nada me atinge e está tudo muito bem. Se resmungo é
porque eu seja pessimista. É a realidade que eu havia escolhido. Porem escolhi
novas realidades e que eu vou começar a construir e acima de tudo sei quem está
em volta dela.
Parece que o meu passado nada é levado em contas. Muito
pelo contrário. Meu passado é meu espelho. A diferença é que agora eu sei a posição
do sol e para onde ele deve refletir. Ou melhor, para quem refletir.
Pensei que estava sozinho em minhas angustias essas eu
sei que são coletivas e é justamente onde estão os meus calos. Nos meus amigos
e familiares que realmente vem construindo esta estrada que eu acreditava e vi
beirar no precipício. Quando resolvi dar o primeiro grito de socorro, me deparei
com a neo-censura deste sonho coletivo que tanto acreditei e dei meu sangue,
meu suor e tudo o que eu tinha. Aí o tempo tá passando... Àquela água que falo
que escorre por sobre os dedos lá no começo deste e só vejo tempo perdido e que
de agora em diante quero dar boas vindas ao mundo que chega a partir de agora. Não
sei se é certo ou errado, mas é diferente. Sem dores. Sem respostas que eu não
possa dar. Sem falsas satisfações para quem não merece nem um se quer bom dia.
Quando eu tiver algo para dizer e se não for o que os
outros querem ouvir, que seja refletido e primordialmente respeitado. Ao contrário
do meu convívio até os dias atuais, o fato de dizer: você está errado, fosse
uma atitude inimiga. Se minhas palavras só servem de elogio. Eu sei para quem
deve ser ditas, como bem sei para quem são as minhas mãos na hora de uma
massagem. Sei para quem é o meu conforto. Pois bem sei que os merecedores do
meu carinho são também quem sempre me mostrou ao tempo inteiro não ser providos
de arrogância e egocentrismos. Se mesmo assim isto me enfraquecer, pois as
pessoas em minha volta não se apoiarem nos alicerces do poder, também saberão
que não estão sozinhas também. O mundo dá voltas e não ficarei mais contando às
voltas que o mundo dá. E assim me reinvento mais uma vez e todas as vezes que
eu sentir necessário.
Nossa, que bonito, Wecsley.
ResponderExcluirTão importante isso, se reinventar. Às vezes jogar pro alto o que parece importante, às vezes desenterrar o que a gente achava que estava morto e não estava, afinal.
Bom, bonito e útil esse movimento. Tem que ter coragem e coração.
Um beijo, e que a Força esteja com você!
Tonéte.