Lirinha de volta a Natal com a peça Mercadorias e Futuro
Dia 30 de maio a partir das 20h no Teatro Alberto Maranhão, o público de Natal vai poder assistir pela primeira vez o espetáculo “Mercadorias e Futuro”, projeto paralelo de José Paes de Lira, vocalista do grupo Cordel do Fogo Encantado.
Escrito e interpretado por Lirinha, “Mercadorias e Futuro” é uma performance que une texto, som, luz e improviso. Na peça ele interpreta Lirovsky, um vendedor de livros que inventou uma parafernália de máquinas em forma de carrinho para ajudar em seu ofício. Mas ele não é um simples vendedor. É um comerciante de registros proféticos, mercador, rastreador de pistas, pesquisador e também inventor de máquinas.
Abordando temas como arte, comércio, direito autoral, dificuldade de unir arte e negócios e como trabalhar e ganhar dinheiro, Lirovsky, personagem condutor, tem o desafio de vender um livro de profecias e de mostrar como o livro é importante na vida das pessoas. Se utilizando de um aparato tecnológico que está sempre ao alcance, Lirovsky faz da narrativa de “Mercadorias e Futuro” uma linguagem nova, levando ao público a mistura de música, poesia e improvisações.
SERVIÇO
Domingo, 30 de maio, 20h
Teatro Alberto Maranhão
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
Venda: Livraria Nobel (84) 3222-2565
Informações: 8837-1553 - 9406-2239
SINOPSE
Lirovsky é um vendedor de livros e personagem-condutor do espetáculo “Mercadorias e Futuro”.
Na verdade ele não é apenas um simples vendedor. É um comerciante de registros proféticos, mercador, rastreador de pistas, pesquisador e também inventor de máquinas.
Lirovsky, representado pelo autor José Paes de Lira, é dotado da ciência de colecionar a poesia das predições e de caçar as inscrições do que está por vir. Possuidor do dom de estudar, de decifrar e de narrar mensagens que anunciam o futuro, é também detentor do direito divino de transformar essa narrativa na mercadoria que oferece ao público.
Seu desafio é convencer as pessoas que o livro que ele está ofertando, - um livro de profecias -, é imprescindível para suas vidas e que, por isso, devem comprá-lo. Afinal, é um livro que prevê o futuro! E vender livros é seu meio de vida.
O livro que Livovsky está a ofertar traz as predições de três “profetas” ficcionais: João Pedra Maior: morador das árvores, gigante conhecedor das ciências secretas e que deixou sua profecia nas pedras pintadas com tinta de folhas.
Tereza Purpurina: leitora de cartas, que guardou seu predito no baralho que lia na beira da ponte, de onde um dia voou o valete que amava.
Benedito Heráclito: guerrilheiro vivo e sabedor da crença de que a profecia vendida cumprirá a missão de transformar o entorno e modificará as relações das gentes com a Interlândia.
No exercício de sua função de vendedor, Lirovsky ocupará o palco como se ocupasse uma feira, à semelhança dos antigos que vendiam poesia metrificada pendurada em cordões, o que hoje denominamos “literatura de cordel”.
Para captar a atenção do público circundante, ele recorre a estratégias da oralidade que caracterizam os mercados de rua e equipa o espaço que utiliza para exercer o seu negócio com uma parafernália de máquinas que inventou.
Dessa aparelhagem, dispara sons, imagens e luz, pondo em cena um aparato de recursos tecnológicos contemporâneos. São equipamentos que ele mantém ao alcance do corpo, ativando um arsenal de áudios pré-gravados que se convertem na trilha sonora da peça.
Além do aparato tecnológico de som e luz, e, claro, das citações dos profetas que compõem o livro, Lirovsky recorre à obra de outros poetas, não ficcionais, para fortalecer seu argumento de vendedor. Aí entra a estética do improviso, decorrente da herança poética do autor, com citações de falas de poetas como Zé da Luz, Manoel Filó e Lourival Batista.
Isso tudo resulta num espetáculo dinâmico, repleto de referências poéticas tradicionais e contemporâneas, que estabelece um elo entre o arcaísmo das feiras livres e o esbanjamento tecnológico que sustenta os negócios virtuais das bolsas de valores e mercado futuro.
Na boa, não entendi a necessidade de ainda se apresentar Lirinha como se ele ainda fosse do cordel!! Lirinha por si só, pelo menos aqui em terras de Chico Antônio, já tem público garantido. Agora se eu fosse o público daqui tiraria essa garantia por um grande e único motivo: 60 reais, inteira,e 30 estudante, com tantos patrocinadores! MIRA! QUE PASSA?http://ladolceinfanta.blogspot.com/2010/05/na-viagem.html
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