Civone Medeiros faz festa literária no Café Salão
Eliade Pimentel
Jornalista Profissional DRT-RN 875
Duas escrituras como se fossem velho e novo testamento. Ambos atuais, língua viva, sangue latejando e esquentando a pele. Assim penso em Civone Medeiros, uma mulher sincera. Não esconde desejos, revela-se vestida, esconde-se nua como uma ninfa à beira de um lago de artes. A poesia de seus escritos tem um sentimento declaradamente sóbrio, impróprio para gente impura.
Ela tem a beleza de ser a mesma pessoa, tendo passado dez anos do primeiro verso marcado a ferro em Escrituras Sangradas, Livro 1, que será relançado no dia 29 de outubro, em Nalva Melo Café Salão. Reunindo mais poemas em mais viagens pela vida afora, Civone se refaz em verso e prosa e ensaiou durante um bom tempo o segundo volume da obra. Nasceu o novo testamento, o livro 2 de Escrituras Sangradas.
Quem reza com a cartilha da poeta e quem deseja se converter às suas preces, deve ir à festa de lançamento da coletânea, marcada para começar às 18h, do dia 29. Vai ser um encontro com recital de poesia, exposição de fotografias, performances e um toque-show, além dos inevitáveis encontros casuais e reencontros de quem não se vê há tempos nessa selva de pedra. A própria autora diz: "uma noite de intervenções urbanas e humanas".
O mês de outubro – dedicado à literatura na retrospectiva dos 15 anos do Café Salão – reviverá o lançamento da primeira edição do livro 1 de "Escrituras Sangradas - Toscas Fatias de Escrevinhaduras", de 1999, com 45 poemas. Segundo a própria, está tudo se encaminhando, "com tiragem pequena, mas sairão do prelo dois livros, ou seja, as Escrituras Sangradas são mesmo como a Bíblia, uma única obra, porém, com livros distintos".
O Livro 2 – "Ave de Arribaçã ou a Propósito de Viena e Outros Ondes" – começou a ser escrito após o lançamento do primeiro livro, quando a escritora voa para a capital austríaca e vive uma nova fase de sua vida, com a filha Bianca (hoje uma linda moça) e um amor. Na mesma Ribeira, que o produtor cultural Marcelo Veni registrou em reportagem publicada no Jornal de Natal, a noite se tornou célebre e memorável.
"Nas suas performances, carvões, fígados e caranguejos fazem parte do figurino e cenários, seus recitais imprimem coragem e excita as veias dos que presenciam cada interpretação", assim testemunhou Veni, assim se propõe a ser a noite do (re) lançamento das Escrituras de Civone. Não com esses mesmos elementos, mas com a mesma empolgação e sinceridade. O livro 1 traz prefácio assinado por Bianor Paulino, que ao final a descreve em uma frase. "Civone é uma poeta que se doma com o pé sobre a garganta de sua própria canção".
O poeta João Batista de Morais Neto, mais conhecido por João da Rua, apresenta Civone no segundo volume, e declara: "o texto escrito, sangrado na página, dialoga com a performance, com o corpo solto no texto das ruas, do cotidiano, do beco, do mundo". São os becos da lama, da quarentena e das ruelas do mundo que revelam uma poesia forte e necessária para quem não tem medo de se revelar. E certa feita ela justificou para o mundo todo o seu despojamento, mandou essa direta que foi publicada na capa de um suplemento cultural: "o corpo é uma ferida aberta que a sociedade precisa descascar". Desse mal ela já nasceu curada.
Retrospectiva Literária 15 anos Café SalãoEscrituras Sangradas (re-Lançamento)
Jornalista Profissional DRT-RN 875
Duas escrituras como se fossem velho e novo testamento. Ambos atuais, língua viva, sangue latejando e esquentando a pele. Assim penso em Civone Medeiros, uma mulher sincera. Não esconde desejos, revela-se vestida, esconde-se nua como uma ninfa à beira de um lago de artes. A poesia de seus escritos tem um sentimento declaradamente sóbrio, impróprio para gente impura.
Ela tem a beleza de ser a mesma pessoa, tendo passado dez anos do primeiro verso marcado a ferro em Escrituras Sangradas, Livro 1, que será relançado no dia 29 de outubro, em Nalva Melo Café Salão. Reunindo mais poemas em mais viagens pela vida afora, Civone se refaz em verso e prosa e ensaiou durante um bom tempo o segundo volume da obra. Nasceu o novo testamento, o livro 2 de Escrituras Sangradas.
Quem reza com a cartilha da poeta e quem deseja se converter às suas preces, deve ir à festa de lançamento da coletânea, marcada para começar às 18h, do dia 29. Vai ser um encontro com recital de poesia, exposição de fotografias, performances e um toque-show, além dos inevitáveis encontros casuais e reencontros de quem não se vê há tempos nessa selva de pedra. A própria autora diz: "uma noite de intervenções urbanas e humanas".
O mês de outubro – dedicado à literatura na retrospectiva dos 15 anos do Café Salão – reviverá o lançamento da primeira edição do livro 1 de "Escrituras Sangradas - Toscas Fatias de Escrevinhaduras", de 1999, com 45 poemas. Segundo a própria, está tudo se encaminhando, "com tiragem pequena, mas sairão do prelo dois livros, ou seja, as Escrituras Sangradas são mesmo como a Bíblia, uma única obra, porém, com livros distintos".
O Livro 2 – "Ave de Arribaçã ou a Propósito de Viena e Outros Ondes" – começou a ser escrito após o lançamento do primeiro livro, quando a escritora voa para a capital austríaca e vive uma nova fase de sua vida, com a filha Bianca (hoje uma linda moça) e um amor. Na mesma Ribeira, que o produtor cultural Marcelo Veni registrou em reportagem publicada no Jornal de Natal, a noite se tornou célebre e memorável.
"Nas suas performances, carvões, fígados e caranguejos fazem parte do figurino e cenários, seus recitais imprimem coragem e excita as veias dos que presenciam cada interpretação", assim testemunhou Veni, assim se propõe a ser a noite do (re) lançamento das Escrituras de Civone. Não com esses mesmos elementos, mas com a mesma empolgação e sinceridade. O livro 1 traz prefácio assinado por Bianor Paulino, que ao final a descreve em uma frase. "Civone é uma poeta que se doma com o pé sobre a garganta de sua própria canção".
O poeta João Batista de Morais Neto, mais conhecido por João da Rua, apresenta Civone no segundo volume, e declara: "o texto escrito, sangrado na página, dialoga com a performance, com o corpo solto no texto das ruas, do cotidiano, do beco, do mundo". São os becos da lama, da quarentena e das ruelas do mundo que revelam uma poesia forte e necessária para quem não tem medo de se revelar. E certa feita ela justificou para o mundo todo o seu despojamento, mandou essa direta que foi publicada na capa de um suplemento cultural: "o corpo é uma ferida aberta que a sociedade precisa descascar". Desse mal ela já nasceu curada.
Retrospectiva Literária 15 anos Café SalãoEscrituras Sangradas (re-Lançamento)
Dia 29/10, 18h.
Local: Nalva Melo Café SalãoAv. Duque de Caxias - Ed. Bila, 110 - Ribeira.
Tel.: (84) 3212-1655 contato@cafesalao.com
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