20 de nov. de 2009

Que tanhamos 365 dias de lluta por ano


Em tempos de Besouro, Barack Obama e Micheal Jackson, nessa data em que se exauta Zumbi e Anastácia; tenho o compromisso de fincar o punhal da identidade. 20 de Novembro tem que ser marcado como um dia sagrado. Mas meu sonho é que haja 365 dias 20 de novembro, 28 de junho, 08 e 28de março, 19 de abril, enfim: todas essas datas que são marcadas de revolta, dor e sangue derramado.

Este pensamento me leva a pedir aos orixás que nos banhem de paz, que purifique nossos corações, varram dos nossos terreiros angústias, dêem fim a todos os pelourinhos.

Temos que multiplicar as rodas de capoeira, dançar samba de roda e trocar as dores das chicoteadas coronelistas por batuques de tambores. Quero o vermelho do sangue negro escorrido no pigmento das flores.

I G U A L D A D E P A R A T O D A S A S E T N I A S

D I V E R S I D A D E P A R A T O D A S A S A L M A S

Como bom e velho saudosista que sou vou homenagear o dia da consciência negra de 2009 para lembrar de um cara que estava sempre no meio de nós exalando poesia e toda a garra do negro potiguar. Estou me referindo do Blackout, poeta marginal que no verão 2000, partiu e que somente naquele momento, após ter sido vítima de um acidente de trabalho, nos deixou e como um cometa foi exaltado por todos em Natal, hoje só resta Jackson Garrido, que ainda muito carinhosamente tem como seu maior tesouro todo o legado deste negro poeta. Faço lembrar neste dia, que Natal, linda cidade que tem pobres, tem favelas e também tem negros. Isto pode agredir a muitos, mas não agride nem de longe, tudo o que a nossa burguesia oprimiu durante toda a história e agora acha que o problema é das quotas.

Vamos comemorar as nossas lutas 365 dias no ano!!!

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